por Arnaldo V. Carvalho*
Votar em branco dá voto para quem está ganhando a eleição? Votar nulo pode anular uma eleição?
Amigos leitores, essas são dúvidas de muitos, mesmo entre pessoas esclarecidas. Isso acontece porque durante anos houve conflito nas leis e possibilitavam interpretações distintas, e na principal delas, o voto em branco era contabilizado para fins de quosciente eleitoral. Atualmente, contudo, a Lei nº 9.504/97 pôs um fim às dúvidas, e hoje fica garantido o seguinte: Votos nulos e votos em branco são votos igualmente inválidos, que não serão contabilizados. Ou seja, o efeito é o mesmo. E que efeito é este?
O efeito de um voto não contabilizar é o de encolher o número de votos necessários para se obter maioria absoluta – e assim vencer direto, sem segundo turno. Assim, numa cidade com 100.000 eleitores, onde 20% (20 mil) não votaram, e/ou anularam e/ou votaram em branco, 80.000 eleitores tem votos contabilizados. Se antes um candidato precisava de 50.001 votos, agora só precisa de 40.001. Alguns argumentam que, na prática, isso pode representar uma eleição mais fácil para o favorito, e clamam que não se vote nulo caso haja um candidato “mau” disputando a eleição contra um “bom”, ou quiçá um “menos pior”.
No final das contas, fica valendo a máxima da convicção no que acredita, independente se esta convicção te encaminha para a anulação do voto ou para um candidato que você realmente deseja ver no poder.
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Referências:
http://papodehomem.com.br/voto-nulo-e-voto-em-branco-o-que-realmente-e-verdade/
http://super.abril.com.br/cultura/adianta-votar-nulo-446574.shtml
http://www.brasilescola.com/politica/votar-nulo-funciona.htm
http://www.tse.jus.br/arquivos/tre-ms-artigo-sobre-votos-validos/view?searchterm=voto%20em%20branco
NOTA: Na PARTE 2, explicarei sobre as Coligações, que também oferecem muitas dúvidas ao eleitor.
* Arnaldo V. Carvalho, terapeuta, é um eleitor comum, que cheio de dúvidas resolveu estudar, aprender, decifrar e divulgar da forma mais simples possível as dúvidas sobre o processo eleitoral, para cuja maioria das respostas quase sempre só complicam mais e mais.