Entre escombros – últimos suspiros do orkut ainda revelam pérolas

Queridos que me leem. É muito triste para mim voltar ao Orkut moribundo.
Essa foi a minha primeira rede social na Internet, e dela participei em seus dez anos de existência. Lá se vai, de vez, a principal rede brasileira por anos. Através do Orkut, conheci pessoas na vida real. Fomentei discussões, participei e dirigi comunidades. O Orkut testemunhou o crescimento do Portal Verde, o nascimento do Shiatsu Emocional (nascido aliás no mesmo ano do Orkut), e tantas outras iniciativas que procurei compartilhar com o mundo.
Mas o principal do Orkut, na minha forma de usar, eram mesmo as comunidades. Participei de comunidades de todo o tipo: de altos estudos sobre educação e a obra reichiana, passando por grupos de hobbies ligados à ficção científica e fantasia. Através dessa rede,
mas o Orkut não morreu de forma rápida. Começou a ficar doente já em 2008, quando o Facebook acendeu. Por uma manobra bizarra, o Orkut aniquilou seu ponto forte, as comunidades. Explico como. No entendimento de qualquer rede social atual, e também do antigo Orkut, qualquer texto postado numa comunidade nela deve permanecer, ainda que seu autor não participe mais da rede. De modo arbitrário (li que havia sido um processo contra a Google que motivou a decisão), o Orkut apagou todas as postagens de ex-usuários, criando uma grande quebra de lógica nos fóruns de discussão. Naquele tempo, não era incomum trocar-se de perfil, por mil razões. E eu fui uma dessas pessoas. Para organizar melhor os meus dados, abri contas diferentes, temáticas. Assim quando eu entrava em uma conta, acessava pessoas, comunidades, etc., identificadas com o que eu queria. O perfil inicial, genérico, tornou-se inútil e foi excluído. Mais de ano depois, o que aconteceu? Pois é, todos os MILHAres de horas que passei estudando, desenvolvendo e postando em grupos de estudo foram perdidas. Os donos de comunidades sérias  comom eu ficaram todos indignados. Houve várias tentativas de abrir diálogo. Mas o Google como sempre e até hoje é permaneceu impenetrável, competamente surdo aos usuários. A desmotivação foi geral, e até hoje a Google não parece ter compreendido o que se perdeu ali.
Na verdade, é para mim a segunda, e finalmente definitiva morte do que já foi.
Deixo aqui para quem desejar visitar e conferir algumas discussões, mesmo quebradas, de comunidades incríveis no Orkut:
– Encontro para a Nova Consciência:
– José Ângelo Gaiarsa
– Wilhelm Reich
– Summerhill Brasil
– Escola & Vida
– Civilizações imaginárias: http://www.orkut.com/Main#Community?cmm=119766

Exemplo de conversa interessante encontrável:

 
 
Felipe Magno Missagia Jun 5, 2005

Relatemos a prática
Pensando em todo questionamento da prática que já foi feito aqui até agora, tomei a liberdade de criar um tópico onde pudéssemos expor algum (qualquer que seja) exemplo prático que se enquadre no perfil “Gaiarsa, Reich ou Lowen me “induziu” (no bom sentido) a esse comportamento ou essa reação”. Serve qualquer coisa, desde um êxito inesperado até uma cagada completa.
Alguém pra começar? 🙂
 
Ricardo & Luciene Jun 5, 2005

Depois de ler Gaiarsa comecei a reparar mais na linguagem corporal das pessoas, inclusive a minha. Então, quando converso com alguém, olho a pessoa de cima embaixo, tentando decifrar o que realmente ela está tentando me comunicar. Sei que a maioria das pessoas que eu converso me acham estranho e indiscreto (“como ele pode ter coragem de me olhar assim?”), mas os benefícios pagam esse preconceito que gero nas pessoas. Meu entendimento de mundo mudou radicalmente (para melhor) com somente essa mudança. Até assusta pensar que coisas tão simples (será?) tem tanto poder de mudança…
 
 
GrooX Racer Jun 12, 2005

Vou relatar algo meio abobrinha…
Lá pelos idos dos 90, com o “Sexo, Reich e Eu” recém-lido e relido na cabeça, estava a procurar CDs na baciada das Lojas Americanas na cidade onde moro. O povo se acotovelava pois as ofertas eram realmente boas. Eis que notei uma senhora, ansiosa, jogando CDs desesperadamente para lá e para cá.
Estava num dia especialmente bom e nem dei bola. Mas comecei a captar q as pessoas fugiam da mulher, mas não consegui perceber o porquê, apenas que a mulher queria escolher todos os CDs antes dos outros. Continuei minha busca até q a dita cuja estacionou ao meu lado.
Sua respiração era escancaradamente ansiosa (o q me incomodou). Aí entendi o q a mulher fazia: vinha procurando CDs até encostar na pessoa do lado. Esta, invariavelmente, ao ser tocada, chispava para longe.
Quando a mulher encostou em mim, não tive dúvidas, encostei-me ainda mais nela, aconchegantemente. E? A mulher desapareceu da seção de CDs, como q por mágica! Seria eu um porco-espinho? Depois q escolhi meus CDs vi a mulher de longe e… resolvi ir em sua direção. E… a mulher saiu em disparada rumo à calçada e desapareceu! Mas q coisa, não?

Felipe Magno Missagia Jun 13, 2005

Animais e Reich
Podem torcer o nariz, mas Reich me ensinou a respeitar os cachorros. É INVEJÁVEL a espontaneidade com que eles se movimentam. É claro que tudo isso antes de serem submetidos à repressão do adestramento ignorante que cada um faz em sua casa. Às vezes chego a comparar certos cães que apanham com o caráter esquizóide que Lowen citava nos exercícios de bioenergética. Região pélvica encolhida, rabo entre as pernas. Com certeza todos aqui já viram muitas pessoas assim… andam como cães surrados. E, passei a pensar: se a lógica de Reich é a espontaneidade, por que não deixar meu cão ser espontâneo? Resolver tudo na porrada, no grito, na ignorância? Meu cão é um cão Reichiano hehehe

Entrevista com Arnaldo V. Carvalho sobre Aromaterapia na Rádio Ultra 91,7 FM (Maricá, RJ)

Que saudade de trocar sobre esse tema! Até lá!

Aromatologia e Aromaterapia

Entrevista com

Arnaldo V. Carvalho sobre Aromaterapia

Rádio Ultra 91,7 FM (Maricá, RJ)

A Rádio Ultra FM está chegando ao Rio via Maricá, e uma excelente novidade é o programa do Prof. Douglas Carrara sobre plantas medicinais. No mesmo, ele também comanda entrevistas com grandes terapeutas de diversas áreas.

Sintonize na 91,7FM, das 7 as 9H

O Prof. Douglas Carrara entrevistará o naturopata Arnaldo V. Carvalho, que falará sobre Aromaterapia, na próxima terça-feira dia 30 de setembro de 2014, entre 8 e 9H.

Marquem em suas agendas, e compartilhem por favor!

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A trilha dos trabalhos internéticos de hoje…

 

Adoro alaúde. Adoro Sting tocando Alaúde com seu professor. Adoro John Dowland, o compositor medieval a emprestar ao Sting a sua música, letra, arranjos… Que delícia trabalhar assim.

Com direito a saudades inevitáveis dos amigos Alexandre Moschella e Fernanda Bertinato.

 

Jejum

 

A redescoberta do jejum

Jejum e bem-estar parecem ser conceitos completamente antagônicos nos dias de hoje. Se comer passou a ser muito mais uma forma de aliviar as tristezas e ansiedades, fechar a boca para todas as delícias que a indústria alimentícia nos oferece é visto como um sacrifício supremo. Mas, na contra-mão dessa idéias, algumas pessoas começam a descobrir agora que o jejum, se bem utilizado, é uma excelente terapia para viver com mais saúde.

O naturopata e terapeuta corporal Arnaldo V. Carvalho é um dos que recomendam – e praticam – essa milenar forma de tratamento e limpeza orgânica. Por um dia a cada mês, Arnaldo alimenta-se apenas com água ou suco de frutas e garante que a prática pode oferecer muitos benefícios: o jejum limpa as mucosas intestinais, elimina metais tóxicos e oxigena o organismo. “Jejuar pode ajudar ainda a combater doenças infecciosas, diminuir a pressão arterial e melhorar a acuidade mental”, diz Arnaldo.

A prática não tem origem oriental, como parece. No ocidente, Hipócrates, o pai da medicina, já utilizava o jejum terapeuticamente, na Grécia. Mas, com o advento da medicina moderna a partir do século 16, a prática do jejum acabou restrita apenas a atos religiosos, para limpeza espiritual, e políticos, como forma de protesto. No oriente, entretanto, onde a medicina e a religiosidade sempre andaram juntas, o jejum alimentar nunca deixou de ser praticado.

Segundo Arnaldo Vilhena, o próprio estilo de alimentação que adotamos faz com que o jejum não seja um sacrifício para o corpo: “Não apenas comemos mal como também comemos em excesso, muito mais do que precisamos. Por isso, quando em jejum, o corpo trabalha com as suas reservas, que são muitas, e de forma alguma será prejudicado pela falta do alimento”, diz ele.

Um tempo para o corpo

Os processos alimentares despendem uma quantidade muito grande da energia que circula em nosso corpo. Depois de uma refeição, por exemplo, cerca de dois terços do sangue se concentram no processo digestivo. Como comemos em excesso e mastigamos pouco, os outros processos orgânicos acabam prejudicados, já que o corpo fica constantemente envolvido com a alimentação. Com o jejum, o organismo consegue o tempo necessário para reequilibrar os seus processos fisiológicos, fazendo com que todos os órgãos sejam igualmente “assistidos”.

Essa necessidade natural do corpo pode ser muito bem observada nas crianças. Quando elas contraem uma doença infecciosa, por exemplo, perdem logo o apetite e só o recuperarão depois que o organismo estiver livre da infecção. Essa recusa do corpo em comer é a forma que ele encontra de concentrar-se na cura da infecção.

Segundo Arnaldo, acostumamo-nos a ver a cura como um processo externo, quando na verdade ela é um processo tão natural quanto respirar. O corpo está constantemente se auto-curando e o jejum permite que essa cura seja mais eficiente, promovendo tempo e espaço para que os mecanismos curativos do corpo atuem onde estão sendo necessários. Por isso, o jejum é terapêutico por si só. “Na verdade, o período de sono é um pequeno jejum. O que se faz é prolongar este período, dando ao organismo mais chances de se curar, de se regenerar”, diz Arnaldo.

O bom jejum

Em geral, quem pratica o jejum terapêutico o faz com regularidade: priva-se dos alimentos por um dia inteiro a cada período de tempo, normalmente um mês. Apesar dos apelos de consumo alimentar, a demanda vem aumentando aos poucos e o jejum vem sendo utilizado até mesmo para emagrecimento. Segundo Arnaldo, a prática é eficaz para combater os hábitos compulsivos de alimentação: “Quanto mais se come, mais se estimula as papilas gustativas e mais se tem vontade de comer. Se esse estímulo é interrompido, a compulsão pela comida acaba ou diminui”.

Há cerca de 30 anos, o jejum foi utilizado como alternativa de emagrecimento e acabou virando moda. Alguns médicos chegavam a internar seus pacientes em hospitais, para que deixassem de comer e assim emagrecessem. Como qualquer método drástico para perder peso, a moda do jejum logo se mostrou ineficaz.

“Quando utilizado de forma rotineira para emagrecimento, o jejum é muito prejudicial e há várias contra-indicações para a prática, como diabetes, problemas renais e de coração”, alerta o endocrinologista Mário Negreiros, professor da Universidade Federal Fluminense e autor do livro Obesidade – mitos e verdades, da editora Cultura Médica. Ele lembra ainda que o jejum sem acompanhamento médico pode levar também à anorexia e não recomenda a prática para crianças e adolescentes.

Segundo Arnaldo, ainda que sem os exageros do passado, muitas pessoas estão descobrindo que é melhor ficar sem comer um dia inteiro do que se privar dos alimentos que gostam em nome da boa forma. Além de desintoxicar o corpo e permitir que os alimentos sejam melhor digeridos, o jejum pode colaborar para o emagrecimento por um outro processo: estudos recentes descobriram que o jejum é capaz de queimar as cetonas, que são gorduras incompletas que normalmente não conseguem ser reabsorvidas pelo organismo e ficam depositadas nas células.

Seja com a finalidade de emagrecimento, cura ou desintoxicação, todo jejum precisa ser orientado por um especialista, principalmente por conta das distorções que a prática possui. O jejum deve começar assim que se acorda e quem jejua pode praticar suas atividades normalmente. Ao contrário do que se imagina, pessoas de saúde normal quando em jejum terapêutico podem trabalhar, se divertir, levar a vida normalmente, já que o corpo possui muitas reservas que podem ser utilizadas nesse período.

É muito importante beber bastante água e, de acordo com a finalidade do jejum, ela pode ser substituída por chás ou sucos de frutas frescos e naturais. Limão, pera e abacaxi são as mais utilizadas, pois são consideradas depurativas. Quanto à fome, Arnaldo afirma que muitas pessoas sequer a sentem. No entanto, deve-se sempre respeitar os limites do corpo e da mente: “Em alguns casos, beber mais água é o suficiente, mas só se deve manter o jejum enquanto ele puder ser feito confortavelmente”, diz Arnaldo.

Outro alerta é em relação aos limites do jejum. Normalmente, 24 horas é suficiente para beneficiar o organismo. Por fim, deve-se comer alimentos leves na noite anterior ao início do jejum e nunca comemorar o término do período num rodízio de pizza, por exemplo. O melhor é voltar ao ritmo alimentar normalmente, para que os benefícios do jejum sejam permanentes. “Se o indivíduo é saudável e pratica o jejum terapeuticamente, para desintoxicar o organismo, certamente irá se beneficiar”, diz o dr. Mário Negreiros.

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO SITE PLANETA VIDA – Um informativo que foi descontinuado. Por volta do ano 2000.

ATENÇÃO LEITOR: Se você conhece a jornalista que preparou esta matéria, por favor faça contato comigo.

Da escola para casa.

Mães em Rede

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Talvez por conta da crise e do desemprego, um grande número de pais acompanhe cada vez mais de perto a educação dos filhos e assim vão descobrindo que estão muito descontentes com o sistema educacional do país. Seja na escola pública (aqui uma realidade para todos) ou na privada (com raras exceções) os questionamentos são grandes. É claro que não dá para generalizar, mas tenho ouvido todo tipo de contestação: “com o país em crise, o caminho de reconstrução passa por empreender. Esse é o movimento da vez e, de verdade, não fomos educados para empreender. Somos produtos de uma educação feita para obedecer, para ser uma parte funcional da engrenagem do sistema.”. Ou “nesse sistema de ensino automático, em que as crianças são mais do que tudo avaliadas constantemente, sem dar o devido tempo que cada uma precisa para aprender, acaba-se rotulando muitas delas de incompetentes ou inadequadas…

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