Sigo as ideias Vernon Coleman desde os anos de 1990, quando conheci seu livro “O Poder do Corpo”. A entrevista toca em vários pontos que Coleman já vem denunciando há tempos, e de modo bem fundamentado.
Em alguns momentos, entretanto, ainda podemos acrescentar alguns aspectos assombrosos relacionados não simplesmente aos médicos, mas a cultura médica atual, presente em toda a nossa sociedade. Nem toda diretriz médica questionável é por conta das indústrias de laboratório: Tornou-se cultural. Médicos que quando crianças cresceram ouvindo sobre as “terríveis dores do parto de suas mães” negligenciam o fato de que elas foram na verdade vítimas da industrialização de um processo natural – e afeito ao sucesso. Ainda na infância, aprendem que o parto funciona como “tortura da natureza”, e serão os primeiros a dizerem para as mães “para que sentir dor”? Os jovens médicos, já oriundos da cultura do imediato dramaticamente desenvolvida em compasso com internet, tablets e celulares, precisarão lutar contra sua própria criação e compreenderem que um remédio para a dor física ou emocional não resolve, e exames e medicamentos a esmo removem códigos psico-biológicos destinados à autonomia imunológica do indivíduo.
Ou seja, para Vernon Coleman o buraco é mais embaixo, mas pode ser ainda mais fundo do que ele mesmo conseguiu enxergar (Arnaldo).
Se dependesse do britânico, Dr. Vernon Coleman, ele próprio médico e doutor em Biologia, o melhor uniforme para seus colegas de classe, seria um selo na testa com a inscrição “Posso fazer mal a sua saúde!“. Coleman acusa-os de serem paus mandados da indústria farmacêutica (da qual absorve parte da culpa porque são apenas negociantes), e obcecados com cirurgias desnecessárias.
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