Eu queria estar na Maré

Não posso expor os demais a minha conjuntivite. Eu queria largar tudo e estar lá. No enterro, na favela. Queria tirar minha roupa e dizer essa pele não me representa. Meu pinto não me representa. Bandeiras não me representam. Sou gente, só gente. Quero ser visto somente assim, como gente.

Pele não representa ninguém.

Arnaldo V. Carvalho
Arquivo pessoal.

Rio de Janeiro, 15 de março de 2018.

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Dois meses… continuam não entendendo… Continuam matando você e tantos outros todos os dias… E continuam não entendendo.

Picasso e a Maternidade

Meus amigos sabem que o Picasso cubista nunca me seduziu. Simplesmente não me encanta, e você pode dizer que talvez eu não seja aberto a maneira como ele traduzia o mundo em representações fundidas em diferentes ângulos. Deve ser. O fato é que há obras em Picasso que amo, sobretudo de sua fase pré-cubista e uma mais tardia, após seu casamento com Jacqueline Roque, já com mais de oitenta anos. Nessa época, incursou no mundo das gravuras, e “Maternidade”, de 1963, é uma preciosidade rara.

Ela foi utilizada de maneira estilizada, como capa de um trabalho acadêmico sobre o tema, de Beatriz Miranda, mãe de minha primeira filha, Clara. No dia de hoje, 13 de maio, publico a versão original e a estilizada por mim na época, em homenagem a ela que completa vinte anos, e já tem tantas histórias para contar.

Para que saiba que ela inspira seus pais desde que nasceu!
Parabéns filha Clara!
Arnaldo

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O tema do amor e o tema do nascimento

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“Tradicionalmente, o amor foi tema para poetas, escritores e filósofos mas hoje é estudado sob múltiplas perspectivas científicas. Nesse contexto, torna-se impossível referir e levantar questões sobre o desenvolvimento da capacidade de amar sem ter em atenção a importância do período em redor do nascimento.”

Michel Odent (1930-)