I Retiro Lúdico-Terapêutico reúne jogos, histórias, Yoga e Shiatsu

Um final de semana para experimentar e refletir sobre diferentes facetas da ludicidade

Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo mas… Sempre aprendendo a jogar

(Da canção consagrada por Elis Regina, composição de Guilherme Arantes)

As histórias, os jogos, as terapias que envolvem corpo e mente, e a arte de aprender e ensinar me unem ao Yogue Carlos Henrique Viard Jr., em uma amizade que já dura mais de trinta anos.

Agora, estamos reunindo pessoas em torno de uma atividade única, com tudo o que mais gostamos: o I Retiro Lúdico-Terapêutico. A oferta é de um final de semana inteiro sem pressa, com vivências lúdicas e reflexões acerca do desenvolvimento pessoal e coletivo – através das histórias, do jogar e de atividades como Yoga e Shiatsu.

Escolhemos montar um retiro nesse molde tão diferente porque reconhecemos a qualidade transformadora da ludicidade presente nos jogos e das histórias. Tanto para mim, como para Henrique, o jogo ensinou a vida: ambos crescemos jogando e colecionando histórias – e assim vivemos nossos amores, construímos nossas famílias e “vingamos” criativamente, rompendo com expectativas de um viver normotípico, onde o espaço para jogar e narrar(-se) é muitas vezes reduzido.

O riso, uma das facetas do lúdico, bem como a curiosidade e o desejo de conexão que todo ser humano traz consigo é tema de discussão proposta por Umberto Eco, através de seus personagens Guillermo e Jorge, em O Nome da Rosa; É afirmativa de Osho que “o riso é tão sagrado quanto a prece”; e foi o historiador cultural Huizinga que disse que somos Homo ludens antes de sermos sapiens, porque do lúdico veio a própria cultura que não se separa do que somos e da natureza da inteligência. Vê-se, na expressão lúdica, o motor humano da arte, da poesia, da criatividade, do foco, da persistência, da cooperação, do gosto por aprender e também da alegria de viver. O que pode ser mais importante nos dias de hoje?

Como nos deixamos viver com baixo acesso ao lúdico?

Vamos mudar isso. Tudo tem um começo, um ponto de partida. E para quem já começou, sabe que há pontos de passagem, de nutrição da alma, de encontro, de exercício de viver, de afirmativa do que se é, pensa, sente, vive, acredita. Daí que vamos ao retiro. É necessário. É saudável. É Vivo.

Será de 2 a 4 de setembro, no pequeno paraíso chamado Villa Noguê (Insta @vilanogue). Fica em Petrópolis, Região Serrana do Rio, a apenas uma hora e meia do Rio de Janeiro ou Niterói. Contaremos com acomodações confortáveis e alimentação saudável, deliciosa e diversificada. Com direito a levar família não participante.

Vem com a gente? Ah! A programação conta ainda com participação especial da psicóloga Juliana Quaresma! Veja abaixo a programação em detalhes:

Programação do Retiro Lúdico Terapêutico com Arnaldo V. Carvalho e Carlos Henrique Viard Jr.

Pode ser interessante saber: as atividades são todas independentes, de modo que os retirantes não precisam se sentir obrigados a cumpri-la. Caso desejem pular atividades e simplesmente aproveitar Villa Nogue, está tudo certo. Afinal, compreende-se que a ludicidade só existe mediante a participação voluntária!

Para saber mais, conversar sobre o retiro e se inscrever, o melhor contato é o celular/whatsapp: 21 99418-8862 (Prof. Carlos Henrique) – Instagram @viard.yoga. Qualquer coisa podem me procurar também.

PS: Não vai? Tudo bem, ajuda a divulgar! 🥰🙏 Caso queira e possa, abaixo seguem imagens de nossa divulgação.

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Terapia ética-responsável: o “Shiatsu Emocional Reichiano Biodançante” de Hirã Salsa

La Danse (Matisse) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Fonte da foto: Wikipedia. Ver: https://pt.wikipedia.org/wiki/La_Danse_(Matisse)

Quero apresentar a vocês um pouco do trabalho de Hirã Salsa, que conjuga em sua formação essas “três frentes” poderosas de terapia: a Biodança, o Shiatsu Emocional e a Massagem Reichiana. Segue o fio!

Terapia ética-responsável: o “Shiatsu Emocional Reichiano Biodançante” de Hirã Salsa

Por Arnaldo V. Carvalho

La Danse, quadro de Matisse, foi eleita por Rolando Toro – criador da Biodanza – como símbolo da expressão coletiva, da alegria de viver, da importância da conexão para a existência plena, animal social que todo ser humano é. Não se pode reconectar apenas com a mente, sem a experiência “de corpo completo”, não se encontra caminho, na mente/linguagem, para a reconexão com essa forma de existir. Por isso a Terapia Reichiana vai além do verbo; o Shiatsu Emocional vai além do verbo; e a Biodanza (Biodança) vai além do verbo. Quanto a isso, estamos todos atentos, com você pode ler neste texto, escrito há quase dez anos: https://arnaldovcarvalho.wordpress.com/2012/05/01/um-tempo-para-o-corpo-e-para-o-coracao/. Uma boa terapia vale a pena, vale MUITO a pena! Mas claro, ela depende, como toda atividade humana, da qualidade do encontro. Isso é algo que o bom terapeuta precisa saber conduzir. E sem dúvida, formações relacionadas a Reich, incluindo o Shiatsu Emocional e a Biodança, ajudam muito nessa qualidade. Um pouco mais sobre essas terapias:

Terapia Reichiana e Massagem Reichiana: Wilhelm Reich, médico, cientista e psicanalista, foi o precursor das chamadas psicoterapias corporais. Ele percebeu que o material emocional reprimido nas pessoas sempre está presente e contido no corpo, e que os desequilíbrios fixados impediam a natural autorregulação dos sujeitos. Desenvolveu uma série de teorias e práticas que influenciaram a maior parte das psicoterapias corporais surgidas, como a Biossíntese, Biodinâmica, a Gestalt, a Bioenergética, a Biodança, o Shiatsu Emocional, dentre outras. Reich deu nome a três técnicas distintas de seu trabalho (que também caracterizam suas fases de pesquisa): a Análise do Caráter; a Vegetoterapia; e a Orgonoterapia. A chamada Terapia Reichiana é uma proposição metodológica baseada em autores que foram alunos ou pacientes de Reich – em especial Elsworth Baker; ou seus seguidores diretos; Podem utilizar, com diferentes ênfases, cada uma dessas fases. A Massagem Reichiana é uma técnica dentre outras muitas técnicas da Terapia Reichiana, mas pode ser realizada de modo independente do restante.

Shiatsu Emocional: a terapia japonesa Shiatsu é revista em sua teoria e prática, sob um olhar terapêutico fortemente focado nas emoções, e sob influência do pensamento reichiano. O trabalho utiliza a fala como forma de emersão superficial de conteúdos, que serão trabalhados em profundidade no contato corporal com Meridianos e Couraças. Ver mais

Biodanza (ou Biodança): Trabalho de grupo, com forte alinhamento às teorias reichianas, especialmente no conhecimento das couraças psíquicas inibitórias que se refletem no corpo. A Biodança utiliza música, expressão e interação humana para que as pessoas possam vivenciar, em ambiente seguro, o não vivenciado (e/ou o reprimido) , amadurecer e enfim tornar a vida fluida.

Três terapias que propõem, de diferentes formas, a resgatar uma habilidade latente porém por vezes adormecida, ou mesmo entorpecida, que é a de conectar com a vida. Três terapias que se completam, se potencializam na figura de um terapeuta único, sobre o qual desejo falar: Hirã Salsa.

Hirã Salsa

Anos atrás, recebi em uma palestra sobre Shiatsu e Ansiedade o atual professor de Shiatsu e facilitador de Biodanza Hirã Salsa. Em transição de vida e carreira, Hirã abraçou o Shiatsu, o Shiatsu Emocional, e com ele o mundo das psicoterapias corporais. De lá para cá, quantas vivências! Diversos cursos de Shiatsu Emocional comigo, aprofundando-se a cada um deles, indo às atividades dedicadas a quem já compreende e pratica o Shiatsu com maestria, fazendo a formação de professores. Hoje, é professor na Shiem – Escola de Shiatsu, a escola oficial de Shiatsu Emocional. Uma biblioteca inteira lida e por vezes discutida comigo; uma vivência incrível em Biodanza com a facilitadora didata (é como chamam pessoas de grau elevado nesta terapia) Gleice Marcondes; o Sotai com Arturo Valenzuela; a formação em Massagem Reichiana com meu antigo professor Sylvio Porto, incrível e orgulhoso de radicalizar nos pressupostos de Wilhelm Reich, o pai das psicoterapias corporais.

Hirã vive o desafio de agarrar-se a vida e ao prazer de viver “apesar de”. Como todos, é gente, é humano, tem suas angústias, tem seus obstáculos. Hirã não precisa esconder nada disso em terapia. Vive os processo com o Outro, não é um “Guru” tentando dizer como o outro deve ser, nem um “terapeuta-porta” que se faz hermético. Hirã também não vive a farsa típica de fingir, diante do Outro, ser figura indefectível. E essas são bases sólidas de sua terapia, ética-responsável, verdadeiro “Shiatsu Emocional Reichiano Biodançante”.

Como todo terapeuta que utiliza responsavelmente o Shiatsu Emocional, Hirã se permite o apenas ser quem é. Como todo facilitador de Biodanza, é quem é e é comprometido com a Vida. Como todo reichiano, reconhece que as transformações psíquicas são oriundas de um processo que não pode ser forçado a base de técnicas de extravasamento ocorridas sem uma estruturação devida.

Em suma, Hirã é uma indicação certa para uma terapia individual de continuidade (com forte base em Shiatsu Emocional), ou para uma terapia coletiva vivencial (Biodanza), ou ainda, para quem deseja aprender o Shiatsu e o Shiatsu Emocional.

Recomendo a todos os que vivem em Niterói ou Rio de Janeiro e buscam uma terapia, no intuito de tornarem suas existências mais significativas, de encontrarem recursos de harmonização com o meio ou simplesmente, fazer o dia a dia ser melhor, mais saudável e conectado com a Vida. Os contatos seguem nas imagens de chamada:

Ensaios do Nascimento

ensaios_nascimento

Série de pequenos textos sobre gestação, parto, pós-parto e seus contextos é publicada no Laço Materno

Por Arnaldo V. Carvalho

Em meio aos movimentos que giram em torno de minha chegada a Campo Grande, Mato Grosso do Sul, para o I Curso de Técnicas Naturais para a Gestação, Parto e Pós-Parto, o Laço Materno lançou alguns de meus textos. São ensaios em prosa simples e direta, onde procuro dar voz a minha reflexão e experiência terapeutica na área, abordando temas que, mesmo já sendo bastante explorados por livros e artigos, seguem com aspectos sutis que ainda precisam ser melhor tratados.

Até o dia de hoje, 07 de abril de 2018, a série já tinha sido publicada praticamente pela metade:

  1. Me apresento ao leitor… https://lacomaterno.com/ensaios-do-nascimento-textos-ineditos-sobre-o-gestacao-parto-e-pos-parto/
  2. Contatos imediatos que o bebê no útero tem com o mundo exterior e seus impactos na vida. https://lacomaterno.com/ensaios-do-nascimento-contatos-imediatos-os-contatos-que-o-bebe-no-utero-tem-com-o-mundo-exterior-e-seus-impactos-na-vida/
  3. Lugar de Homem no Parto é Onde? https://lacomaterno.com/ensaios-do-nascimento-lugar-de-homem-no-parto-e-onde/
  4. Intervenções terapeuticas na gravidez e seus impactos no empoderamento da mulher. https://lacomaterno.com/ensaios-do-nascimento-as-intervencoes-terapeuticas-na-gravidez-e-seus-impactos-no-empoderamento-da-mulher/
  5. Sexo e gravidez: O Detalhe Z. https://lacomaterno.com/ensaios-do-nascimento-sexo-e-gravidez-o-detalhe-z/https://lacomaterno.com/ensaios-do-nascimento-sexo-e-gravidez-o-detalhe-z/

Até a próxima quarta-feira, acredito que eles terão dobrado o número de publicações (a série Ensaios já foi toda escrita). Abordaremos o pensamento oriental na gravidez, a naturopatia, questões imunitárias e outras. Os textos, como eu disse, tocam em assuntos que podem ser chave e a diferença entre um momento de vida maravilhoso e realizador ou não. Mas não se propõe a ser “Manual”, nem oferece tantos detalhes de solução… Simplesmente porque seria necessário muita conversa, interação, discussão, para que as relativizações imprescindíveis do cenário não corressem risco de se tornarem superficiais.

Fica aqui meu pedido aos leitores que leiam, curtam dentro da página do Laço Materno, comentem, peçam outros temas, etc.

Abraços, Arnaldo

 

 

Curso: Massobaby – Técnicas combinadas de massagem em bebês

BABY MASSAGEM
Curso de Massagem em Bebês

com Arnaldo V. Carvalho

O que é a Massagem para Bebês

As massagens em bebês sempre existiram na humanidade, como instrumento de cura, desenvolvimento e comunicação. Com o tempo isso foi se perdendo, o que prejudica a saúde e as relações familiares.

Contudo, muitas culturas mantiveram essa saudável prática, assim como psicomotricistas, terapeutas, médicos e pais do mundo inteiro iniciaram um caminho de resgate à essas antigas práticas, tão naturais quanto nascer.

Os bebês são particularmente suscetíveis aos estímulos táteis de diversos tipos.

Ao serem tocados, reagem imediatamente produzindo substâncias que podem aliviar cólicas e outros desconfortos típicos do amadurecimento corporal dessa idade.

O cérebro do bebê acelera seus processos cognitivos e a compreensão de mundo se dá mais facilmente.

O bebê se torna mais feliz, mais regular, mais ativo, mais adaptável.

A família inteira será contaminada por essa energia de harmonia, que só um bebê feliz pode oferecer!

Público-alvo:

É recomendado a todos os pais e parentes que estarão em contato direto com um bebê de colo. Também é útil para profissionais de saúde que cuidam de bebês ou que possam vir a prestar orientação à família do bebê.

Objetivos: Ensinar um método simples e útil de massagem para bebês, com segurança e prazer.

Programa Básico (Carga horária 8H + 6H*):

O desenvolvimento psicomotor do bebê e como interagir com ele; Utilização de óleos vegetais em massagens e banhos para bebês; Como lidar com alergias, cólicas e outros problemas simples; A forma de tocar o bebê em cada uma de suas fases – rotinas de massagem.

Técnicas: Holly touch (Massagem com bebê em semi imersão e óleos essenciais especiais), Shantala, Toque de Borboleta (precognizado pela psiquiatra infantil Eva Reich, filha de Wilhelm Reich – Terapia Reichiana), Shiatsu para bebês.

Em todos os cursos são propostas vivências que se intercalam com a teoria. As aulas são dinâmicas e interativas.

* Seis horas extras opcionais exclusivamente para profissionais de saúde.

Data e Local das Próximas Turmas :

Ministrado sempre por convite e por isso mesmo nem sempre divulgado. Quando o for, será divulgado em nosso site e no Portal Verde.

Certificação Especial e Apostila Completa Grátis

Professor:

ARNALDO V. CARVALHO
Terapia Corporal / Naturopatia

Pai de cinco filhas, fundador do Portal Verde, do site Calor Humano, do Projeto Parapapais, é Professor de Terapias Corporais e criador do Shiatsu Emocional; participa de movimentos em favor da gestação e do parto humanizado desde 1999, tendo formação em Gestação e Parto Ecológico com Heloísa Lessa, Laura Uplinger e Michel Odent. Vem estudando e desenvolvendo protocolos e técnicas de massagem para bebês desde esse tempo.

“Os pais pensam que quando estão massageando os bebês estão fazendo um bem ao mesmo. Não percebem que eles mesmos estão aumentando o vínculo com a energia pura do bebê, tornando-se pessoas melhores. A massagem no bebê não é só benéfica ao pequenino; é para ele e quem com amor o massagear. Assim que o bebê percebe o toque amoroso, torna-se reage imediatamente e se torna mais seguro e passa com mais facilidade pelos desafios de sua idade”.

*   *  *

PERGUNTAS FREQUENTES

1. O que esperar do curso de Massagem em bebês?

R – Deve-se esperar um curso eminentemente prático, cujas informações seguras sobre o como fazer e o que se está beneficiando a cada movimento e toque serão cuidadosamente detalhados.

2. Que teorias preciso conhecer para fazer uma massagem segura em um bebê?

R – Você precisa de sensibilidade. Há poucos profissionais que ensinam técnicas sutis pois não é fácil ensinar como ter sensibilidade ou mesmo bom senso. Nosso curso ensina as teorias biomédicas mais importantes para a prática segura. Mais ainda, ensina protocolos seguros e corrige com atenção cada detalhe nas práticas dos alunos, para que todos estejam seguros em praticar desde o princípio.

3.Que benefícios meu bebê poderá ter?

R – A primeira coisa que se observa em um bebê que recebe massagens regulares é a qualidade geral do vínculo familiar. O bebê se sentirá mais seguro, terá um sono melhor, será mais regular nas refeições, será mais risonho e ainda mais curioso. O segundo benefício é um grande avanço na coordenação motora, no aumento de tentativas de sucesso, e por fim, na cognição geral.

4. Ainda vou ter meu bebê. Posso fazer o curso?

R – Pode. Gestantes e pais que ainda terão seu primeiro bebê têm uma vantagem e uma desvantagem ao fazer esse curso previamente. A vantagem é que já será possível iniiciar um processo de contato tátil mesmo com o bebê dentro da barriga. Além disso, o bebê poderá receber massagens já nos seus primeiros dias de vida, o que é bom demais para ele e seu pai e mãe. A desvantagem é que o bebê terá que ser substituído por uma boneca ao longo da aula. E, cá entre nós, o bebê é sempre insubstituível né?

5. É necessário levar meu bebê para o curso?

Não é obrigatório, mas ele é muito bem vindo! Porém, será preciso um acompanhante que possa ficar com ele nas horas em que o(a) aluno(a) estiver aprendendo coisas não práticas.

6. Trabalho na área de saúde (medicina, psicologia, terapia corporal etc.) Esse curso seria útil para mim?

R – Sim, será muito útil, pois assim você poderá ensinar à seus clientes/pacientes sobre algo realmente inovador e que pode prevenir um grande número de problemas no bebê, como também ao longo da vida deste serzinho.

7. Esse curso tem algo a ver com Shantalla?

R – Tem sim. A shantala é uma das técnicas do curso. Shantala, por curiosidade, é uma massagem tradicional indiana, divulgada no ocidente por Frederick Leboyer, o “pai” do parto humanizado.

 

Casal Pleno com o Shiatsu para Casais

Há muitos anos não dava esse curso… Está remodelado, enxuto, e segue muito bonito, um trabalho sensível que me emociona.

Comunidade Intencional e Escola

shiatsu_casais

Curso

Shiatsu para Casais

com Arnaldo V. Carvalho

O que é:

Oficina para leigos e profissionais.

Casal Pleno é um curso onde se pode aprender técnicas corporais fáceis de serem incluídas no dia a dia. Através de pressões nos pontos de energia (do-in), e ao longo dos meridianos (Shiatsu), é possível ajudar o companheiro a resolver dores de cabeça, ansiedade, stress, dores nas costas, entre outros A partir do momento em que passamos a exercitar uma nova forma de cuidar do outro, a harmonia do casal cresce e a renovação dos sentimentos se torna constante. Introduza maneiras de ajudar o outro com massagens orientais para aliviar problemas mais comuns (dor de cabeça, peso nas pernas, alergias, ansiedade, stress, entre outros), e aprenda ainda a utilizar a Aromaterapia para equilibrar o relacionamento. “Com técnicas simples nosso dia a dia com quem a gente ama pode ficar ainda melhor, e isso se…

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“Tenho medo de ficar viciada em terapia”

Por Arnaldo V. Carvalho

Volta e meia escuto de algum cliente ou mesmo amigo: “a terapia me faz muito bem, mas estou com medo de ficar dependente dela”. A uma pessoa que muito quero bem, escrevi umas linhas, que publico aqui com acréscimos, por achar que pode ser útil a todos que têm essa dúvida e/ou esse medo.

Esse conceito de dependência e tão relativo!

Para mim, ele é relacionado com a turma das coisas que dão prazer mas não fazem bem e as coisas que não dão prazer e fazem bem. Explico, no mundo tem quatro tipo de ação ou experiência que você pode fazer/viver:

  • As que não fazem bem e não dão prazer (todo mundo quer distância!)
  • As que não fazem bem mas dão prazer (aí mora o perigo, tem um monte de coisa que dá prazer mas não faz bem – e muitas delas viciam).
  • As que fazem bem mas não dão prazer (de remédio ruim, passando por dieta a academia de ginástica, essa é a turma das coisas que não encontra com facilidade uma adesão permanente. Elas até podem fazer bem, mas geram resistência nas pessoas, que precisam sentir prazer no que fazem para aderir legal. Aí é que as pessoas começam e param, começam e param essas coisas, repetidamente!)

E, finalmente…

  • As ações/experiências que fazem bem e dão prazer (tem um monte! Mas as pessoas estão tão condicionadas que já não conseguem aderir de forma concreta, mesmo que seja uma maravilha em todos os sentidos. Exemplo: um casal de amigo chama o leitor para jantar com eles. O jantar foi maravilhoso, comida super saudável, diferente. O leitor chega a pegar a receita dos pratos… Mas ela fica esquecida, e o leitor segue comendo tudo o que comia antes…)

Se uma terapia oferece algum benefício (ex: fazer refletir) mas nenhuma forma de prazer (ex: encontrar respostas), a pessoa desanimará e não ficará. Se, ao inverso, ela oferecer um prazer, mesmo que secundário (ex: alívio ao despejar os problemas em um ambiente neutro, dando-se a sensação de ter “colocado para fora”), mas não faça bem (a terapia bem orientada deve oferecer ferramentas para que a pessoa LIDE e/ou transforme o que foi externado), essa terapia será inconsistente, e a chance da pessoa se ver como uma “viciada” é enorme! Ela sentirá alívio, mas não mudará seus padrões, e assim as fontes de angústia permanecerão em sua vida, estabelecendo um ciclo vicioso.

Esse artigo é sobre a BOA terapia, a terapia bem feita, a que funciona em função da competência do profissional, da vontade do indivíduo e da qualidade de vínculo ou parceria entre terapeuta e cliente.

Aquilo que é bom, dá prazer e faz bem é o que onde vale fazermos brotar a sintonia constante, que é o inverso do vício. É o peixinho q limpa o tubarão, o alimento para  a alma.

Houve um tempo em que grandes pensadores se pensaram vítimas do nós, e desejaram ser “livres” de gente, da sociedade, de Deus, das próprias neuras… Direito legítimo, eles reivindicaram a autonomia do Eu. Mas… A autonomia eremítica é de fato da natureza humana? As vantagens da convivência não criaram aliás, toda uma categoria de animais coletivos, à qual o Homo sapiens encontra-se inserida?

– Xoooô Nietzsche! – Sem pensar esse incrível filósofo desejou ser superultraindependente e ainda chamou isso (esse) de Übermensch (ultra-homem!). Criptonita nele!Mas tudo bem. No contexto sufocante século XIX e suas cristiandades radicais e partidas ele precisava romper. Precisava de seu ultrahomem para sobreviver psiquicamente, tanto quando adesões às suas ideias (todo autor quer ser lido!).

Ultra-independência, ultra-autonomia, quem tem é a ameba, que é unicelular. Só no corpo de uma pessoa habitam mais de 100 TRIlhões de bactérias, sem as quais morreríamos! Dependemos da vida na Terra e do que vem do Espaço para vivermos. Dependemos uns dos outros, e toda essa energia. Se isso pode ser chamado de “Deus”, então ele não tem nenhuma chance de estar morto.

A sintonia constante com o que é bom de fato é sempre não impositiva, sem prejuízo para quaisquer das partes, e aliás, com benefícios para todas elas. É o bom hábito, a coisa que se termina a gente fica com saudades também boas. é o desencontro para o crescer. É o filho que fala para o pai: “chegou a hora de eu seguir pai!”. É o desenlace inesquecível que marcará a vida dos dois para sempre – mas que se compreende com tal força que não há resistências ou desejos de voltar atrás.

Assim também acontece com a boa terapia, onde o profissional atento encontra-se cúmplice do olhar do cliente, que após processo bem sucedido, não importa se mais ou menos longo, saberá despedir-se do setting terapeutico, senão permanentemente, até que surja um outro ciclo de necessidades do corpo, da mente, da alma (indivisíveis).

Somos sociais, sociáveis, precisamos, adoramos e merecemos todo o contato de cuidado, que são e prazerosos num só tempo.

O Terapeuta nu: diálogo imaginário com Wilhelm Reich

O Terapeuta Nu: Diálogo imaginário com Wilhelm Reich

ou De quando o terapeuta participa da resistência terapêutica com suas próprias neuroses

 

Por Arnaldo V. Carvalho (abril 2014)

 

Converso sempre com meus professores. Um deles é Wilhelm Reich (1897-1957), um dos maiores cientistas da natureza humana de todos os tempos. Meu Professor Reich – construído de leituras e devaneios –, é um sujeito extremamente objetivo, sempre com aquela paciência encurtada para com tudo o que crio em meu mar de ilusões, tudo o que me afasta da realidade.

Certa vez, reclamei com Reich a propósito das resistências surgidas em terapia.

– Reich, as pessoas não aguentam muito tempo.

– Diabos, é você que não os aguenta.

– Mas professor, faço meu trabalho direitinho… Acredito que estabeleço o contrato terapêutico adequadamente, explico minuciosamente que, por melhor que façamos, a psique não se reintegra da noite para o dia e, de quando em quando, incentivo-os a perceber o próprio progresso.

– Você não os aguenta, Arnaldo. Não suporta que o abandonem.

– …

– Sua necessidade os transforma em tiranos, tanto quanto há bebês tiranos a controlar suas mães. Afinal, você é ou não é uma mãe para eles?

– (voz embargada) Deixe disso Reich.

– É ou não é?

– Se está se referindo ao fato de tratá-los com o carinho que um ser humano merece, pode ser.

– E o seu orgulho de ser “humano”, facilitando horários, pagamentos, permitindo que eles ditem o ritmo da terapia, e usem todas as máscaras que desejam e os mantém confortáveis dentro do setting terapêutico? Isso é o quê? Você imita sua figura de referência Arnaldo, você quer ser a mãe sem fim que no final se estrepa – igualzinho a sua mãe. Seus “filhinhos”, nesse excesso de postura, às vezes vão embora antes de estarem equilibrados para isso.

– Já chega Reich! Também não sou como você! E, meus clientes também não são como os seus. Nosso mundo em meu tempo pede por mais suavidade, chegamos a um ponto onde, em contraste ao rigor agressivo nos inter-relacionamentos, há uma falta de Contato insuportável. Além disso, cada um tem seu ritmo, e preciso respeitar isso.

(Clap, clap – palmas irônicas surgem das mãos do professor):

– Bonito isso… – e mudando da ironia para a expressão de reprovação surpresa:

– E o que te faz pensar que dessa forma acaba por impedir que as pessoas amadureçam suas relações com frustrações? É assim que elas aumentarão o contato consigo mesmas, se apropriarão da realidade?!

Reich não pestanejou e seguiu disparando certeiro dentro do meu Ego.

– Já pensou que quando o sujeito procura sua terapia, está pedindo por uma mudança do velho ritmo? Que o modus operandi que ele utilizou até aqui mostrou-se um desastre? Então como é que se deixa a pessoa “conduzir a terapia em seu próprio ritmo”?

– Isso é verdade.

– Então como esperar mudança permitindo que ele fique no lugar comum que o levou até ali?

Reich já me tinha na palma de sua mão.  Mas, por algum modo inexplicável, seguia apostando em meu potencial. Resolveu sair da qualidade de atacante e, assumindo tom professoral, colocou-me em meu lugar, ao repetir aquilo que já havia me explicado um sem número de vezes.

– Em terapia sempre vai haver resistências. A mais grave é aquela que o terapeuta subsidia, através de suas próprias dificuldades emocionais. É assim que você, por exemplo, alimenta o bebê tirano que surge no processo transferencial de um cliente que te vê como figura paterna ou materna. Ele reassume o comando, e quando você finalmente decidir enfrentá-lo – provocando o sujeito ao apontar para esse aspecto regredido em sua personalidade –, ele cairá fora. Porque você deixou que se tornasse grande demais justamente o aspecto da psique bloqueado, que fará de tudo para permanecer.

– Parece que você fala como se esse “aspecto regredido”, como você nominou, fosse um ser vivo, com personalidade própria.

– Funciona como se tivesse. Aliás, não é você que, em textos e em sala de aula, tem falado dessa coisa de totens*, levando em conta que relacionamentos e  aspectos da psique funcionam com um ser vivo?  Então há uma vontade própria, sim desse aspecto regredido. Você mesmo teorizou que entre os princípios de todo o ser vivo está o desejo de permanecer. Ficou falando para mim sobre esse desejo, que é um mecanismo natural de sobrevivência, que está relacionado à punção de vida, mas que pode assumir um aspecto obsessivo… As fases, as divisões da psique, existem, tanto quanto existem diferente órgãos, diferentes funções do cérebro de acordo com suas zonas…

– … E todas as “partes” querem permanecer, só que a parte doentia precisa desaparecer, ou ser reintegrada, o que de certa maneira dá no mesmo. Mas isso tudo eu sei!

– Sabe, mas não aplica direito, porque ainda tem muita terapia para fazer como cliente, porque ainda não resolveu suas malditas couraças que construiu lá trás. Seu progresso é lento e isso pode ser um perigo potencial aos seus clientes. Sua fraca terapia deixa respirar e sustenta a praga emocional!

– Não Reich, aí também é demais. Isso não!

– Então mostre-me mais Herr Carvalho, eu quero ver.

Saí do papo com Reich revoltado, mal dei “tchau”. Era o que ele queria, afinal. Meus ombros ardiam, meus dentes cerravam, e senti vontade de jogar basquete. Lembrei, porém, de quando torci o pé ao jogar logo após um episódio de intenso sofrimento emocional. Então desisti. Usar um recurso que deveria ser positivo (esporte) para simplesmente me punir? Fiquei farto de mim mesmo nesse momento. Meu sangue em ebulição, porém, varria o inconsciente, juntava memórias. Era como se todos os anos de experiência como terapeuta e paciente passassem num só tempo por minha mente. O que me levava ali?

Minha própria resistência. Minha neurose adotou a estratégia de “misturar-se com o inimigo”, e assim, jamais ser descoberto. Isso é comum entre os terapeutas. Mas o meu Reich não deixava que isso passasse impune. Ele me denunciou a mim mesmo. Eu estava nu, e precisava escolher entre sentir vergonha fora da roupa ou assumir minha grandeza – que está em ser tudo e somente o que sou – e trabalhar direito.

 Arnaldo V. Carvalho é terapeuta, estudante da obra de Wilhelm Reich, aluno de Sylvio Porto.

 

* A teoria do Totem de Arnaldo V. Carvalho nada tem a ver com a noção psicanalítica de tabu/totem, mas se refere a natureza dos vínculos relacionais, originada a partir da combinação de facetas de personalidade dos componentes desse vínculo. A teoria do Totem está relatada em artigos de autoria e amplamente discutida no livro “Shiatsu Emocional Avançado” (no prelo).  

 

Reequilíbrio corporal – Caso

Esse caso ocorreu entre 200 e 2004, e penso ter sido publicado no extinto Jornal Naturalmente, mas não estou certo. É útil em especial aos meus alunos, e novos terapeutas, no sentido de inspirar ao senso investigativo. O caso tem ainda alguns outros aspectos interessantes. Um deles diz respeito a uma observação quase sempre negligenciada em terapia corporal: o centro de gravidade de uma pessoa. Menciono ainda os testes de Hans-Kraus, tão pouco conhecidos no Brasil, e de utilidade imensa no campo das terapias. Como registro histórico de minhas pesquisas e contribuições, o caso finalmente revela os primórdios da associação toque-visualização, que depois ganharia fundamentação e corpo prático no trabalho original conhecido como Recepção Ativa. (Arnaldo) Avatar do blog atual

REEQUILÍBRIO CORPORAL

Por Arnaldo V. Carvalho

A AVALIAÇÃO

C. S. V., 26 anos, recém-casada, sem filhos. Procurou a terapia procurando livrar-se de dores que vinha sentindo no meio das costas, na altura do tórax. Seu desconforto era tamanho, que a dor passou a fazer parte de seu dia-a-dia. Fiz sua avaliação, e nela ficou constatado ansiedade (para que as coisas em sua vida “acontececem logo” – estabilidade financeira), uma operação de redução mamária e alguma deficiência intestinal, tendo sua alimentação provida de carnes, massas brancas e pouquíssimo valor fibroso.
Executei-lhe os testes Hans-Kraus (H-K), verificando que seus músculos abdominais e flexores da perna eram fracos.

CONDUTA

Qual era a resposta para seu tratamento? Poderia ser qualquer uma das coisas, poderiam ser todas somadas. Resolvi iniciar aplicando-lhe uma massagem corporal, baseada na calatonia de Pethö Sandor.

Assim, poderia fazer com que o próprio corpo encontrasse a chave para resolver seu problema.
Expliquei-lhe alguns exercícios para serem feitos em casa e lhe dei orientação nutricional.

Na segunda seção, C. S. V. relatou que a frequência das dores diminuíra, e que só as sentiu nos últimos três dias (houve um intervalo de uma semana).

Apliquei um novo teste, onde encontrei um indicativo de seu problema, na parte física. Após a redução mamária, seu corpo estava com o centro de gravidade – responsável pelo equilíbrio dinâmico e trocas de peso na coluna vertebral – deslocado.

A partir dessa conclusão, tudo ficou mais claro. Minha tarefa era, em primeira instância, fazer com que o corpo percebesse sua nova conformação. Continuei com as massagens e iniciei exercício de visualização, para que a mente começasse a reestruturar o corpo, e colocasse o centro de gravidade no lugar. A partir da terceira seção a paciente não tinha mais dores, mas segui com a mesma técnica por mais cinco seções, para confirmar o trabalho e certificar que o reequilíbrio corporal havia sido definitivamente recuperado. Na quinta seção, reapliquei os testes H-K e constatei sensível melhora. No primeiro, C. S. V. havia falhado em três testes. Neste em apenas um, e por pouco.
Da quinta seção em diante, fiz apenas exercício de manutenção e no sentido de aumentar seu equilíbrio emocional. Na oitava seção, encerramos o trabalho.

CONCLUSÃO

Embora a redução mamária tenha aumentado sua autoestima, seu corpo continuava se comportando de acordo com a configuração original. Parte disso se deve à inteligência corporal, nem sempre bem integrada com o consciente.
Fica a mensagem aos leitores do aspecto humano do terapeuta, que muitas vezes não pode efetuar uma avaliação conclusiva logo na primeira sessão. Contudo, o terapeuta logo de início deve ter humildade para indicar outro terapeuta e/ou tratamento caso ele não esteja certo de que pode cuidar do caso.