Direto na Essência. Da Vida.
Direto na Essência. Da Vida.
A paz
Esse é o décimo-segundo de uma série de cartões postais que estou publicando aqui no Blog. Linda arte, ótima mensagem, maravilhosa proposta da Binky para o Elos da Saúde, com ilustração da Mariana Massarani.
Esse é o décimo de uma série de cartões postais que estou publicando aqui no Blog. Linda arte, ótima mensagem, maravilhosa proposta da Binky para o Elos da Saúde, com ilustração da Mariana Massarani.
Esse é o nono de uma série de cartões postais que estou publicando aqui no Blog. Linda arte, ótima mensagem, maravilhosa proposta da Binky para o Elos da Saúde, com ilustração da Mariana Massarani.
Esse é o oitavo de uma série de cartões postais que estou publicando aqui no Blog. Linda arte, ótima mensagem, maravilhosa proposta da Binky para o Elos da Saúde, com ilustração da Mariana Massarani.
“A segurança humana não é uma preocupação com as armas – é preocupar-se com a vida humana e com a dignidade” Mahbub ul Haq (Economista paquistanês, pioneiro da Teoria do desenvolvimento humano e criador do Relatório de Desenvolvimento Humano. 1934-1998)
Mais de U$1,7 trilhão são gastos por ano com o comércio de armas no mundo inteiro, uma média de U$230 para cada pessoa.
Estima-se que um gasto anual adicional de U$50 bilhões em serviços básicos poderia eliminar a inanição e a má nutrição em todo o mundo.
Outros U$39 bilhões por ano seriam suficientes para proporcionar educação básica a cada criança.
E U$35 bilhões por ano poderiam reverter a disseminação da AIDS e da malária.
Poderíamos suprir as necessidades humanas básicas de cada pessoa na Terra se U$100 bilhões – menos de 6% dos gastos militares mundiais – fossem alocados para essa finalidade.
O que é mais seguro, o mundo fortemente armado em que vivemos atualmente ou um mundo em que todas as necessidades básicas das pessoas são supridas?
Transcrito do prospecto de divulgação da exposição “Da cultura de violência para a cultura de paz”, nesse momento ocorrendo na Biblioteca Parque, no Rio de Janeiro. Promovido por http://www.culturadepaz.org.br
“Já que as guerras começam na mente dos homens, é na mente dos homens que as defesas de paz devem ser construídas” Preâmbulo da Constituição da UNESCO
A exposição “Da cultura da violência para a cultura da paz — Transformando o espírito humano” apresenta em painéis e imagens um raio-x da violência e suas muitas formas em nosso planeta, e propõe um movimento pela abolição dos conflitos, de pequenas atitudes bélicas (comentários maldosos por exemplo) ao uso de bombas atômicas. Além de imagens, frases inspiradoras se movimentam em direção a uma mudança de atitude humana geral.
Inaugurada em 2007 em Nova York, a mostra já passou por cerca de 250 cidades do mundo e fica em cartaz na BPE até 3 de setembro. A versão brasileira é pequena, mas muito bonita e sensível, e conta sempre com um voluntário da ONG BSGI – Associação Brasil Soka Gakkai Internacional. Daí a exposição ganha uma prounda dimensão humana. É ler os paineis, permitir-se ao afeto, e conversar um pouco sobre o tema.
Presente no Brasil desde 1960, a BSGI é uma associação originada no Japão segue um modelo filosófico apoiado no Budismo. A premissa máxima para uma sociedade melhor é a da educação para a paz, e é por isso que eles idealizaram a exposição. Saiba mais sobre a proposta de cultura de paz da BSGI: http://www.culturadepaz.org.br
De terça a sábado: das 11h às 19h.
Na Biblioteca Parque Estadual – Av. Presidente Vargas, 1261 – Centro, Rio de Janeiro
Recomendo!
Arnaldo V. Carvalho
Guerra ou política? Segundo Jacques Rancière, a política passa longe das artimanhas jurídicas e institucionais da política de gabinete. É uma forma de ação e de subjetivação coletiva que constrói um mundo em comum, no qual se inclui também o inimigo. A ação política cria identidades não-identitárias, um “nós” aberto e inclusivo que reconhece e fala de igual para igual com o adversário. A guerra, pelo contrário, tem como protagonista fundamental formações identitárias fechadas e agressivas (sejam elas éticas, religiosas ou ideológicas) que negam e excluem o outro do mundo partilhado. Entre o outro e o eu, nada em comum.
A verdadeira alternativa, segundo Rancière, não está na polarização que o discurso hegemônico nos apresenta: “populistas contra democratas”. Para ele, o melhor remédio possível neste momento é a própria ação política, autônoma em relação aos lugares, aos tempos e à agenda estatal. Só elaborando o mal-estar (o “ódio” diz Rancière) em chaves políticas de emancipação (coletivas, igualitárias, abertas e inclusivas) se poderá, por exemplo, disputar terreno com esta “lógica da guerra”. A politização do mal-estar é o melhor antídoto contra a sua instrumentalização por parte daqueles que querem encontrar bodes expiatórios entre os outros.
Essa é a forma como a Boitempo Editorial apresentou o pensamento do filósofo francês Jacques Rancière (1940-), professor emérito da Universidade de Paris. A esta apresentação seguiu-se a tradução de uma interessante entrevista, e compõe material que divulga o lançamento de seu último livro, lançado aqui pela citada editora. Sobre isso, leia direto em: https://blogdaboitempo.com.br/2016/05/10/como-sair-do-odio-uma-entrevista-com-jacques-ranciere/
Me interesso por todo aquele que pensa em alternativas ao ódio, e sobre isso as ideias de Rancière são de uma lucidez extraordinária e de um Amor ao próximo auspicioso. (Arnaldo)