Capa de Retratos de Família, organizado por Luiz Cláudio Silveira Duarte.
Cada capítulo, um primeiro nome. Começa com Paula, Fábio, Daniel, Arnaldo (sim, eu), e seguem muitos nomes até o último, Luiz Cláudio que organizou a obra. 32 pessoas, 32 retratos do significado pessoal de jogo, segundo essa “família do tabuleiro” que Luiz Cláudio reuniu magistralmente, em 32 capítulos. Uns são curtinhos, de uma página objetiva (mas não sem ser plena de significado); outros gorduchos e divagantes (como o meu).
Quando o Luiz Cláudio Silveira Duarte (https://lcduarte.com/) me convidou a fazer parte do projeto, não tinha muita ideia do que e como essa costura ia ser feita. A única certeza é que esse velho amigo, com quem troco desde… 2007? Sobre os jogos e o lúdico tem uma visão excepcional de jogo, é fera na escrita, entende de editoração e faz tudo muito bem feito. Só podia sair como saiu. Uma pérola generosa, gratuita e disponível via Internet para todos (https://lcduarte.com/pdf/Retratos_de_familia.pdf)!
É uma leitura deliciosa, um livro de cabeceira a estar em qualquer kindle ou tablet na hora de dormir, ou quando se quer ir à rede e balançar conversando relaxadamente com cada autora ou autor.
Basta ir ao link acima e experimentar. Garanto que vão curtir.
O capítulo sobre jogos de tabuleiro passa por uma rápida diferenciação entre os jogos de tabuleiro e suas versões mais atuais, construídos sob as premissas de design de jogos de tabuleiro, surgida na virada do século XX para o XXI, e então entra na pegada prática, de como se utilizarem os jogos em educação. A ideia é apontar para o básico do que se preocupar para que os jogos sejam uma ferramenta bem utilizada e aprendentes e educadores possam viver uma experiência recompensadora de ensino-aprendizagem através deles. Adiciono ao capítulo um vídeo especial, acessado a partir de um QR Code incluso no próprio livro, com conteúdos complementares a este. Acho que no final ficou uma experiência introdutória proveitosa para aqueles que estão começando a perceber o poder dos jogos de tabuleiro em educação.
O geral do livro
Este livro compõe a incrível coleção da Editora Supimpa, toda focada em educação lúdica.
Como a própria editora apresenta em seu site:
A obra nasce da nossa inquietação em apresentar caminhos para uma educação mais lúdica e que possa priorizar as experiências significativas para o desenvolvimento daquele que brinca, para todos!
No sumário, vê-se que são muitos os autores e temas, o que justificam as 350 páginas em formato A4:
Sumário – Autores
O brincar na sua essência (André Barros) / Interesses culturais para o brincar e o educar (Luiz Pina) / Jogos comperativos (Arnaldo Villa) / Brincadeiras psicomotoras (Elma Veloso) / Jogos de tabuleiro (Arnaldo Carvalho) / O brincar (Marina Capistrano) / Brincadeira, jogo ou esporte? (Fabricio Monteiro) / A riqueza do simples brincar (Luciane Farias) / Brincando para o futuro (Jouener Araújo) / Práticas holísticas na escola (Cristiane Pelozato) / O Brincar livre e a natureza (Vanice M. Godines) / O jogo como ferramenta terapêutica (Vânia Durão) / Quem quer brincar põe o dedo aqui (Sandra Bittencourt) / O brincar na Educação Infantil (Fabiana Vieira) / O brincar em Festas (Tiago Nunes) / Jogos cooperativos (Veronica Rikansrud) / O brincar (Luis Veneziani) / Brincar desde cedo (Vera Melis) / Contação de histórias inclusiva (Cleide Almeida) / Brinquedo natureza (Alex Alves) / O novo desafio da recreação (Emerson Dorigatti) / Recreação em Piscinas (Virgilio Abrahão) / Analogias e metáforas na educação (Luciana Moreira) / O brincar na primeira infância (Jérsica Kuhn) / O faz de conta e o Aprender (Fernando Nery) / A sinestesia da arte no brincar (Fabiana Temponi) / Onde queremos chegar com a educação? (Rafael Pontes) / O lúdico que habita em mim (Joice Santos) / Caça ao tesouro geográfico (Mirella Rosenberger) / Integração espontânea (Gabriel Teixeira) / O brincar como inspiração pedagógica (Cecilia Prando) / O brincar, a psicomotricidade e a educação (Luciana Imperador) / O imaginário e as narrativas infantis (Luciana Souza) / Se aprende língua estrangeira brincando? (Jéssica Xavier) / O brincar na família (Leticia Garcia) / Jogos de mesa inclusivos (Priscila Ribeiro) / Eu brinco, tu brincas e nós brincamos (Bruno Rossetto e Carmen Lopes) / O brincar da cultura afro-brasileira (Hugo Victor) / A recreação na espiritualidade (Gleison Ribeiro) / O brincar e a cultura (Camila Evelyn) / A história da boneca de pano negra (Mirela Arruda e Rita de Cássia) / Percepção visual na infância (Amalia Cardoso) / A intencionalidade pedagógica no brincar (Dirce Soares) / O professor como agente transformador (Mindrea) / A autoestima das crianças em vulnerabilidade social (Anderson Caetano) / Aprender, brincar e incluir (Marli Vizim) / O brincar livre e a natureza (Tatiane Teixeira) / Os jogos a as habilidades psicomotoras (Cristiane Nunes) / A música na aprendizagem infantil (Julio Anderson) / Estimulação psicomotora na escola (Vivian Mazzeo) / Obesidade infantil no Brasil (Everton Silva)
Uma inovação do livro é que ele acompanha, utilizando QR Code, 60 vídeoaulas com conteúdos gravados pelos autores em seus capítulos.
Brincar e Educar pode ser adquirido diretamente na editora, em:
Palestra sobre Jogos na Educação com Arnaldo V. Carvalho, pela Escola Alecrim, Teresópolis – RJ acontece no próximo sábado 10 de novembro
Os jogos de mesa ocupam pouco destaque na educação brasileira, bem como em suas tradições em família. Países com alto IDH tem a cultura do jogo de tabuleiro como uma ferramenta sócio educacional amplamente difundido e praticado.
No entanto, engana-se quem acha que os jogos de tabuleiro utilizados na educação se restringem aos tradicionais como Dominó ou Xadrez, ou ainda aos “clássicos” do século XX como Banco Imobiliário ou War.
No século XXI, o jogo de tabuleiro se caracteriza por uma grande diversidade de propostas temáticas, impressionante qualidade de materiais e engenhosidade de regras – o que os torna altamente atrativos para os estudantes, e altamente útil aos educadores! E é sobre isso que será conversado na palestra gratuita “Jogos: Como usar para Educar”, com o Prof. Arnaldo V. Carvalho, a acontecer no próximo dia 10 (sábado), em Teresópolis.
“A proposta desta palestra é apresentar essa possibilidade mágica de unir o lúdico ao educativo, no utilizar do jogo como estratégia de aprendizagem pelas famílias e pela escola”, diz Arnaldo. Pai, educador e terapeuta, nos últimos dois anos ele tem sido o responsável pelas oficinas e palestras sobre jogos na educação no Instituto de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ).
A palestra é gratuita e aberta ao público, sendo parte de um ciclo de palestras do Jardim Escola Alecrim. Organizado pela empresa parceira Ecofocus. Acontece no bairro de Vargem Grande, em Teresópolis, Rio de Janeiro. O horário programado é de 15H as 17H30m, e o telefone de contato é (21) 99449-6891.