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Fizeram parte de minha invisível vida emocional. Partes de mim que quase ninguém mais conhece, nem mesmo alguns de meus eus… Mas eles vivem aqui, e participam da orquestração do que sofro, do que expresso, do que gozo, respiro, choro e sorrio.
Um é a forma concreta, trazida do invisível. Materializa em pleno ar o limite, e brinca com a liberdade dentro dos contornos rígidos que mais ninguém via até então. O outro, é a própria expressão sentimental que não pode, não pode ser contida. Um é o Ocidente fazendo o raso enxergar o que não se pode ver, mimetizando a própria forma no etéreo. O outro é a entranha da terra, é o próprio magma a vazar da falésia funda da Alma Cósmica.
Ohno é a única possibilidade humana de, através do próprio anthropos, fazer-se Universo.
Marceau é o Universo em alma dizendo ao humano: “é tão simples! aceite, seja!… És pequeno mas isso… É divertido, aproveite”!
Arnaldo V. Carvalho*
– Homenagem à mímica e ao butoh, que em minha alma habitam; ao Marceau e ao Ohno que me atravessam inteiro, a me fazer mais Ser.
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*Arnaldo V. Carvalho, fazedor diário da própria alma.