Segue mais uma transposição de canções dos Beatles para arranjos clássicos típicos do Barroco. Estes foram feitos pelo Shin’ichirō Ikebe (1943-), um respeitável compositor clássico japonês que leva créditos em uma série de trabalhos, inclusive composições magistrais feitas para filmes de Akira Kurosawa como Sonhos e Rapsódia em Agosto. A proposta aqui é bem mais literal do que aquele realizada por Rifkin e recomendada aqui na semana passada. Ouve-se, também, o aparecimento de grandes músicas do cenário clássico usadas como arcabouço para algumas peças, como por exemplo na inaugural Let it Be, que emerge de uma abertura a lembrar o Cânone em Ré de Pachelbel, ou a entrada beethoviana de Ticket to Ride. Mesmo com boas ideias, considero que o álbum teve menos sucesso – e certamente menos originalidade – que a tentativa de Rifkin. E você, o que acha?
pachelbel
Pachelbel
Essa música tão conhecida me traz lágrimas aos olhos desde rapaz; desde a primeira vez que a ouvi. É música que me arrepia por dentro e por fora, e que apareceu espontaneamente nos momentos mais marcantes de minha vida. Emocionadamente, compartilho com vocês essa execução que tenta aproximar-se ao máximo do o próprio Pachelbel teria escutado em primeira audição. Mais lágrimas.