As salas especiais de cinema do Rio de Janeiro e suas tecnologias: quais as diferenças?

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A melhor sala do RJ para assistir Star Wars Parte 2: Investigando as tecnologias das salas de cinema 3D do Rio de Janeiro

Independente do filme Star Wars, a continuação desse artigo aborda as tecnologias, valores e demais diferenças entre as salas de cinema 3D no Rio de Janeiro. Se você sempre ficou em dúvida, finalmente é hora de esclarecer.

Por Arnaldo V. Carvalho

Eu não imaginava que escolher uma sala para assistir Star Wars: Ascensão Skywalker me levaria a perceber uma situação obscura em relação aos cinemas no Brasil!

Simplesmente, NENHUMA empresa presta informações detalhadas sobre as tecnologias de exibição empregadas em suas salas especiais.

Isso torna a comparação e escolha racional algo na escala do impossível. Há coisas que o espírito investigador não resiste, e o esclarecimento a essa questão é uma delas.

Já dissemos na parte 1 desse artigo que a informação vaga acerca das características das salas especiais se dá porque, provavelmente, os equipamentos adquiridos e os formatos das salas não são sempre os mesmos. As cadeias de cinema compram não um mais diferentes equipamentos 3D standard para as salas standard, e fazem compras diferenciadas, sala a sala, para as exibições especiais. Por exemplo, é claro que um projetor de R$50 mil reais é diferente de um de R$200 mil, mas há uma série de intermediários… É possível que as compras variem de acordo com a quantidade de aparelhos negociada, com a expectativa de custos x valor possível de cobrar do público, etc. Não adianta instalar equipamento de ponta em um bairro onde as pessoas não poderão pagar pelo valor de exibição que justifique a instalação. O segredo pode ser usar projetores intermediários. O tamanho das salas também varia e assim varia o tamanho da tela, etc. O que dá para as empresas prometerem é que as salas especiais possuem maior investimento nos itens mais perceptíveis: projeção, som, cadeiras, tamanho de tela. O quanto? O quanto é a variável que torna o dado sigiloso na medida do possível.

Mas a gente consegue ter umas ideias, especialmente relacionadas a tecnologia de exibição e seu potencial de áudio e vídeo.

As grandes produções hollywoodianas são hoje gravadas para o sistema IMAX, que garante uma resolução e definição de cores absurda. O áudio é gravado em separado e utiliza distintas tecnologias. A mais sofisticada delas aparentemente é a DOLBY ATMOS, que teria condições de fazer um som até 24.1. O concorrente de som do Atmos é o Barco Auro 11.1. Os cinemas brasileiros ao menos não possuem caixas de som acima de 7.1 que eu saiba, mas talvez os sistemas XD ou KinoEvolution tenham mais, possivelmente para tentar cobrir 11.1.

Abaixo, alguns detalhes sobre essas tecnologias:

IMAX: O IMAX Digital (também conhecido como LieMax, Semimax, etc.) é um padrão de projeção para exibição de filmes digitais. Ela envolve a tecnologia DMR (Digital Media Remastering) proprietária que, segundo se diz, fornece cores melhores que os projetores digitais padrão (no caso do 3D, porque utiliza a chamada polarização linear, se você inclinar muito a cabeça, o efeito 3D dará lugar a fantasmas e planicidade).. Eles usam os projetores DLP da Texas Instruments também em uma configuração proprietária. Cada tela IMAX Digital usa dois projetores 2K em execução simultaneamente. As imagens são sobrepostas, produzindo uma imagem mais brilhante que a média. A IMAX afirma que sua imagem parece melhor do que um único projetor 4K, mas há muito debate sobre isso. O IMAX também usa som surround alinhado a laser no formato 7.1, com 12.000 watts de potência. Uma sala nomeada IMAX pode exibir filmes aprovados pelo padrão IMAX – Star Wars incluído. Só há uma sala IMAX no Rio de Janeiro, que eu saiba – a UCI IMAX, na Barra da Tijuca.

Não sei dizer se todas as salas de cinema IMAX no BR tem o mesmo tamanho, nem descobri se qual seria o padrão em lúmens os projetores de IMAX Digital.

CINEMARK XD: XD é o padrão de projeção exclusivo dos cinemas Cinemark. Ele usa projetores Barco em 2K ou 4K e 30.000 lúmens. Existe apenas um projetor, fornecendo potencialmente menos brilho e potencialmente menos detalhes que o IMAX Digital. O tamanho da tela é descrito apenas como 40% maior que a normal, e por experiência própria posso dizer que é mesmo gigante e imersiva. O som do Cinemark XD usa tecnologia “Custom Surround Sound“, não alinhado a laser, de 12.000 watts. Pelo resultado de assistir “Star Wars: Os Últimos Jedi” diria que é no mínimo 7.1.

Como a própria Cinemark é proprietária do padrão XD, essas sala de cinema podem reproduzir qualquer filme digital (e não só o que a IMAX determina, por exemplo).

Não sei dizer a potência precisa do som no XD, nem as variedades de medidas (mínimo e máximo) das telas do padrão XD.

Kinoevolution, Cinépic, X-Plus

Projetor Christie DLP-4K

A diferença entre o padrão XD e as demais salas especiais de cinema não é tanta. Geralmente as telas são compostas por projetores DLP atualizáveis ​​em 4K (o IMAX-Digital é dois projetores 2K). Projetores de empresas como Christie e Barco costumam ser utilizadas. Vale comentar que essas projeções duplas precisam de um projecionista competente para alinhar os dois projetores corretamente.

Em termos de áudio, o layout do alto-falante pode variar dependendo de quantos são usados.

Lembrando que pra se sentir a diferença de som proposta por uma sala especial, o filme precisa estar mixado na tecnologia referente. Isto vale pra todas as salas “especiais”. Descobri que as salas Xplus e IMAX (UCI Cinemas) e CINEPIC (Cinesystem) usam Dolby Atmos, e a KinoEvolution (Kinoplex) utiliza Auro 11.1 (Barco), e ambas as tecnologias estão cobertas pela tecnologia empregada em Star Wars: Ascenção Skywalker.

Quando isso não acontece, os processadores + amplificadores da sala somente processarão e amplificarão o sinal DOLBY ou DATASAT (Antiga DTS) e enviarão para as caixas acústicas. Por isso, num conjunto imenso de caixas você acaba tendo a sensação de que falta algo. É “apenas” um som 5.1/7.1 alto. A propósito, XD usa 12 alto-falantes e a XPlus o absurdo de 54 caixas(!!!). UAU! Não sei dizer as outras. A maioria das salas especiais dos cinemas do RJ deve conseguir reproduzir pelo menos em áudio 7.1, mas li em algum lugar que por vezes a apresentação do áudio é de 5.0.

Bem pessoal, essa é a informação que consegui levantar e compilar aqui para vocês. Na prática, a situação não muda: é experimentar cada sala e comentar. Aos poucos espero receber mais informação, e se você puder ajudar com isso ou mesmo inserindo nos comentários relatos de suas experiências pelas salas especiais de cinema do Rio de Janeiro, será maravilhoso!

Não perca aqui no blog a parte 3 desse artigo:As salas especiais de cinema do RJ: quais são, onde ficam, quais seus preços?

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*Arnaldo V. Carvalho, pai, pedagogo, terapeuta, adora qualidade de vida, tecnologia, cinema e compartilhar descobertas com amigos!

 

Pessoas com nomes de personagens

Por mais insólito que pareça, não estranhe não.  Tem muita gente por aí cujo nome veio inspirado em personagens de TV ou cinema. Já soube de Magaivo, Batimão e Ben-Hur.  Isso para não falar da Dona Orgia, que fez um exame médico num laboratório de funcionários conhecidos meus. Meu irmão Altamiro diz que nomes personalidades incluindo astros da música pop e de hollywood  perambulam regiões ribeirinhas desse país.  No blog dele deve ter mais referências, olha lá! Mas hoje, hoje é dia de Dart Veidersson. Para a gente entrar no espírito Star Wars de dezembro.

E você, conhece alguém com nome de herói?

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Ainda dá tempo de ver no cinema! Veja NO CINEMA!

Vale a pena assistir o novo “Star Wars”?

O Despertar da Força reúne o que a antiga trilogia tem de melhor, repaginado para o cinema atual

Por Arnaldo V. Carvalho

ATENÇÃO: Após a resenha faço comentários cheios de spoilers, mas eles estão escondidos com letra branca. Se você quer ler, basta marcar o texto todo e ele aparecerá. Senão, é um inocente texto sem Spoilers.

Pois é, quem detestou a última trilogia do Star Wars (como eu) ficou ressabiado para saber se esse “novo_star_wars_by_disney” ia funcionar.

Imaginem só. A Disney comprou STAR WARS de George Lucas. Com o sucesso obtido em “trazer de volta” Star Trek, Os executivos de Mickey Mouse chamaram J. J. Abrams para assumir produção e direção do novo filme da franquia. E ele já chegou com uma ideia: “se “O Império Contra-Ataca” é considerada a melhor história, vamos chamar de volta seu principal roteirista”! Marca-se o encontro. Juntos, Abrams e Lawrence Kasdan (que também assina o roteiro de “O Retorno de Jedi” e – para terem ideia de qualidade – “Os Caçadores da Arca Perdida”) sentam na frente da TV e fazem uma “maratona Star Wars”, assistindo a trilogia mais antiga (capítulos IV ao VI), anotando tudo o que “deu certo” ou não. Trocam impressões com fã clubes, revisam dados da época… E criam uma lista do que entrará no novo filme. É isso. A fórmula do sucesso de Star Wars VII: O Despertar da Força é um conjunto de tudo o que funcionou na consagrada trilogia, temperada com uma atualização de “como fazer cinema na segunda década do século XXI”.

 

O resultado é um fun factor super satisfatório! Quem já era fã da velha trilogia curtirá, sentindo que eles realmente conseguiram honrar o “espírito Star Wars”. Quem nunca assistiu conseguirá curtir o filme, conhecer personagens, etc., e ter uma ideia geral do contexto dos filmes anteriores.

 

Só não espere um “filme cabeça” ou algo revolucionário. Vá com a intenção de just for fun e você vai ter muita diversão. Faz parte do filme aderir ao ritmo do cinema da atualidade: ação o tempo todo para prender o sujeito na cadeira. Mais closes, mais combate corpo a corpo, mais impressionante no bom e mal sentido ao mesmo tempo. Arte é conseguir isso sem perda de qualidade de texto e história. Posso antecipar que a produção está DE PARABÉNS.

 

Também por isso, é  filme para se ver em 3D, preferencialmente em salas IMAX ou XD, pois nele a tecnologia vale a pena. As cores quase não se perdem, a cabeça não dói, e embora não pule muita coisa da tela, a noção de profundidade cria uma atmosfera de interação com o filme absurda. E o som dom filme… Putz, numa sala de última tecnologia, não dá para não notar o refinamento do som do filme, de músicas aos barulhinhos de naves e robôs. É incrível mesmo gente.

 

Agora os spoilers (comentários do filme)…

Novos personagens (ACERTADOS!) e atores com incríveis atuações garantem o sucesso de Star Wars VII: O Despertar da Força (atenção marque com o mouse para poder ler)

*** A equipe responsável acertou em cheio ao colocar um personagem negro e uma mulher nos papéis fortes. J. J. Abrams deve ter sido contaminado pela transnacionalidade de Star Trek, incluiu a mulher guerreira e contaminou Star Wars com variedade étnica e de gênero.

*** Aliás quem é essa moça? EXCELENTE ATRIZ! E ESSE MANOLO? EXCELENTE ATOR, a histeria, do personagem é sensacional também. Dois atores de 23 anos, que ainda vão dar muito o que falar. Cheios de personalidade. A Força está com eles!

*** Aparição rápida mas cheia de carisma a do piloto líder dos X-Wing, interpretado pelo Guatematelco Oscar Isaac. Obrigatório que ele aumente sua participação no próximo filme.

*** Harrison Ford está CAQUÉTICO e acho que mais um ano não daria mais para disfarçar. Mas como segue perfeito sendo o canalha Han Solo, agora em versão decadente mas que segue com a estrela da sorte ao lado. Até que…

*** Os ataques de pelanca do novo “Darth Vader versão jovem mimado” são SENSACIONAIS!

*** Já tem brasileiro malicioso dizendo que o tal do novo Darth Vader é argentino (na verdade Kylo Ren, o personagem que também se veste de preto e também usa máscara é na trama neto do próprio Darth Vader e o endeusa). Pura inveja.

*** A máscara do Kylo Ren é bem bobinha, seguindo o visual “queixinho” dos droids da segunda trilogia (episódios I-III), que sempre foram ridículos. Quem foi que inventou esse design? Fez parte do que acabou com a série, que a Força nos livre disso.

*** Não sei se eu desgosto do Adam Driver que faz o papel do Kylo Ren ou… Se AMO.

*** O “novo Imperador” é uma mistura de Golum (Smeagul MY PRECIOUSSSS) com Troll do Hobbit. BEM QUE O GEORGE LUCAS láaááá nos anos 70 disse uma vez que sua obra tinha inspiração na literatura Tolkeniana!

*** Há quem tenha falado mal da princesa Leia, ou melhor da atriz Carrie Fischer que a interpreta. Beirando os sessenta anos, e há tempos sem aparecer nas telas, ela é perfeita. Olhar terno misturado com personalidade forte, essa é a princesa Leia desde o principio e assim ela segue, agora madura e na condição de liderança.

*** Repetecos dão fun factor mas tiram qualquer originalidade: Nova estrela da morte, novo robozinho esperto e fofuxo, novas cenas em um lugar de deserto, em um bar e na mata… O Universo é mesmo muito pouco criativo pelo visto.

*** Mais uma vez os personagens bonecos (ou animações) deixam a desejar. Todos eles. Da criatura laranjinha que foi como uma “yoda-fêmea” para colocar a Rey no caminho da Força ao carinha da “barraca do ferro velho”, eles não são bons. Não são mesmo. Elogios apenas para a capacidade de expressão facial da laranjinha, realmente parece natural, vivo.

*** Quem assistiu e não ficou querendo saber que cara tinha a chefe prateada do Finn ainda como Stormtrooper? Tira o capacete! Tira o capacete!

*** BB-8, o robozinho que eu achei inicialmente “ridículo”, cumpre bem sua função. O final mostra o surpreendente encontro entre ele e o velho R2D2. Para reforçar a ideia de melhoria da tecnologica, BB-8 é uma versão menor de tamanho, mais leve e enxuta… No final a mudança deu oxigênio à saga, valeu a pena!

 

* Arnaldo V. Carvalho, cinéfilo, cidadão honorário de Aldebaran e ex-combatente de caças Tie imperiais. Até se rebelar…

FOTOS

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Pernas pra que te quero: Ah sim. Esse é o novo cinema, com ação o tempo todo para ninguém nem pensar em desgrudar. Cena típica do filme, os dois correndo desesperados. Rsrs…

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Sim sim sim, esse é Jar Jar Abrams e sua nova equipe de segurança. Não podia ser diferente né.

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A quantidade de tipos de cartazes e montagens promocionais para esse filme é de impressionar. Esse aí representa mais ou menos, mas tá bonito!