Da Violência
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento.
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprimem.
(Bertold Brecht – 1898-1956)
(Tradução do escritor português Arnaldo Saraiva (1939-)
Da Violência
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento.
Mas ninguém diz violentas
As margens que o comprimem.
(Bertold Brecht – 1898-1956)
(Tradução do escritor português Arnaldo Saraiva (1939-)
Trecho do livro escrito em 1954 por Cecília Meireles.
(…)
Em baixo e em cima da terra
o ouro um dia vai secar.
Toda vez que um justo grita,
um carrasco o vem calar.
Quem sabe não presta, fica vivo,
quem é bom, mandam matar.
(Romance V)
Ela mandou “pro geral” esse belo joguinho de pensamentos com a palavra Vida… mas autorizou e aqui publico.
Abraços, Arnaldo
Vida minha
Vida vivida
Vida experimentada
Curtição de vida
Amada vida
Vida abençoada
Cheia de graças e mimos
Vida silenciada
Pela PAZ da estrada da vida
Caminhos vividos
Vem vida
Amor pleno
Vida seguida
Vida renovada
Vidas experimentadas??
Mais vidas esperam
Por mais vidas a serem vividas…
A estrada segue…
Na estrada da minha vida!
By Re…simplesmente!
O VERBO NO INFINITO
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor;
Nascer, respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia luz e ver; ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito…
(Vinícius de Moraes)
Eu pararia no sétimo verso. Mas… possivelmente estaria morto. (Arnaldo V. Carvalho)
Presente, Passado e Futuro
Nessa ordem:
“Quando as rodas do moderno avião tocam o solo tem-se a certeza de que ainda estamos no velho século XX.
O século XXI já nasceu obsoleto.
No século XIX 6 pequenos homens bastavam para se manejar um canhão imenso e pesado. Como era moderna a máquina humana!”
Arnaldo V. Carvalho (no XXI) (?)
Passada a minha avó poeta para a Casa das Estrelas a beber do néctar da Via Láctea todas as manhãs, passada a dor da incompreensão e restabelecida a grandeza da impermanência, vejo respirar novamente a minha mãe. Minha mãe que por 20 anos foi filha dedicada, maravilhosa, e exaurida pelos cuidados necessários (e que ninguém poderia sequer aproximar-se de fazer melhor) com seus pais até o último suspiro de cada um. Minha mãe que guardou espaço às suas próprias poesias preferidas e próprias, para em momento algum ofuscar o brilho das recitagens românticas, terríveis, cômicas e religiosas de minha avó, sempre brilhante, a cantar-nos poemas as margens de sua mesa da sala de jantar transformada em rio cristalino em meio a árvores e pássaros ou na sua poltrona preferida, seu ninho a holografar no ambiente a paisagem rústica dos ares da velha Nova Friburgo. Guardou espaço, guardou, guardou… E hoje, como desemperrasse janela lacrada pelo tempo, soltou-me esta quase ao pé do ouvido:
35
Arnaldo V. Carvalho
O que há comigo?
Há dez anos… “Ontem”…
Eu me conheci gostando
De música, riso, dança
E fui dançar – e dancei
Fui jogar, joguei
Meu corpo ágil a mover-se
Naquilo que eu me propunha
Sempre leve e animado
Pro que eu gosto. E gostava
Tanto e de tanta coisa
E o corpo respondia, bem
Dormia, bem digeria e assim
Vivia, sem metade da
Dor, sem entortar, sem
Parecer dois (ou três). A energia
Fluía pelo meu corpo,
E me permitia ser Eu. Ou
Será que eu é que com o tempo
Aprendi a não permitir ser o corpo
Em nome das preocupações inúteis
Que a matéria impõe?
Por eu vestir uma máscara, um milhar de máscaras,
É por isso que freneticamente eu crio uma máscara para por trás esconder-me
uma fachada sofisticada indiferente
para me ajudar a fingir,
para escudar-me da olhadela que sabe.
dos muros da prisão que construí eu mesmo
mas asas!
Com seu poder de me tocar os sentimentos
Don’t be fooled by me.
Don’t be fooled by the face I wear
For I wear a mask, a thousand masks,
Masks that I’m afraid to take off
And none of them is me.
Pretending is an art that’s second nature with me,
but don’t be fooled,
for God’s sake don’t be fooled.
I give you the impression that I’m secure,
that all is sunny and unruffled with me,
within as well as without,
that confidence is my name and coolness my game,
that the water’s calm and I’m in command
and that I need no one,
but don’t believe me.
My surface may be smooth but
my surface is my mask,
ever-varying and ever-concealing.
Beneath lies no complacence.
Beneath lies confusion, and fear, and aloneness.
But I hide this. I don’t want anybody to know it.
I panic at the thought of my weakness exposed.
That’s why I frantically create a mask to hide behind,
a nonchalant sophisticated facade,
to help me pretend,
to shield me from the glance that knows.
But such a glance is precisely my salvation,
my only hope, and I know it.
That is, if it is followed by acceptance,
If it is followed by love.
It’s the only thing that can liberate me from myself
from my own self-built prison walls
from the barriers that I so painstakingly erect.
It’s the only thing that will assure me
of what I can’t assure myself,
that I’m really worth something.
But I don’t tell you this. I don’t dare to. I’m afraid to.
I’m afraid you’ll think less of me,
that you’ll laugh, and your laugh would kill me.
I’m afraid that deep-down I’m nothing
and that you will see this and reject me.
So I play my game, my desperate, pretending game
With a façade of assurance without
And a trembling child within.
So begins the glittering but empty parade of Masks,
And my life becomes a front.
I tell you everything that’s really nothing,
and nothing of what’s everything,
of what’s crying within me.
So when I’m going through my routine
do not be fooled by what I’m saying.
Please listen carefully and try to hear what I’m not saying,
what I’d like to be able to say,
what for survival I need to say,
but what I can’t say.
I don’t like hiding.
I don’t like playing superficial phony games.
I want to stop playing them.
I want to be genuine and spontaneous and me
but you’ve got to help me.
You’ve got to hold out your hand
even when that’s the last thing I seem to want.
Only you can wipe away from my eyes
the blank stare of the breathing dead.
Only you can call me into aliveness.
Each time you’re kind, and gentle, and encouraging,
each time you try to understand because you really care,
my heart begins to grow wings —
very small wings,
but wings!
With your power to touch me into feeling
you can breathe life into me.
I want you to know that.
I want you to know how important you are to me,
how you can be a creator–an honest-to-God creator —
of the person that is me
if you choose to.
You alone can break down the wall behind which I tremble,
you alone can remove my mask,
you alone can release me from the shadow-world of panic,
from my lonely prison,
if you choose to.
Please choose to.
Do not pass me by.
It will not be easy for you.
A long conviction of worthlessness builds strong walls.
The nearer you approach me
the blinder I may strike back.
It’s irrational, but despite what the books may say about man
often I am irrational.
I fight against the very thing I cry out for.
But I am told that love is stronger than strong walls
and in this lies my hope.
Please try to beat down those walls
with firm hands but with gentle hands
for a child is very sensitive.
Who am I, you may wonder?
I am someone you know very well.
For I am every man you meet
and I am every woman you meet.
By Charles C. Finn (+- 1946-*) **
O texto que circula na Internet
“Não deixe se enganar por mim. Não se engane com as máscaras que uso, pois eu uso máscaras que eu tenho medo de tirar, e nenhuma delas sou eu.
Fingir é uma arte que se tornou uma segunda natureza para mim, mas não se engane.
Eu dou a impressão de que sou seguro, de que tudo está bem e em paz comigo, que meu nome é confiança e tranqüilidade;
é meu tema que as águas do mar são calmas e eu que estou no comando sem precisar de ninguém.
Mas não acredite, por favor.
Minha aparência é tranqüila, mas é apenas uma aparência, é uma máscara superficial, mas é a que sempre varia e esconde.
Por baixo não há tranqüilidade, complacência ou calma.
Por baixo, está meu mal em confusão, medo e abandono.
Mas eu oculto tudo isso, pois eu não quero que ninguém veja.
Fico em pânico ante a possibilidade de que minha fraqueza fique exposta,
e é por isso que eu crio máscaras atrás das quais eu me escondo com a fachada de quem não se deixa tocar,
para me ocultar do olhar que sabe.
Mas esse olhar é justamente minha salvação. Eu eu sei disto.
É a única coisa que pode me libertar de mim mesmo, dos muros da prisão que eu mesmo levantei,
das barreiras que eu mesmo tão dolorosamente construo.
Mas eu não digo muito disso à você. Não sorria, tenho medo.
Tenho medo que seu olhar não seja de amor e atenção.
Tenho medo que você me menospreze, que ria de mim, me ferindo.
Tenho medo de que lá dentro do interior de mim mesmo, eu não valha nada e que você acabe vendo e me rejeitando.
Então eu continuo a viver meus jogos, meus jogos de fingimento, com a fachada de segurança de fora e sendo uma criança tremendo por dentro.
Com um desfile de máscaras, todas vazias, minha vida se tornou um campo de batalha.
Eu converso com você uma conversa infantil e superficial.
Digo à você tudo que não tem a menor importância e calo o que arde dentro de mim.
De forma que, não se deixe enganar por mim.
Mas por favor, escute e tente ouvir o que eu não estou dizendo e que eu gostaria de dizer.
Eu não gosto de me esconder, honestamente eu não gosto.
Eu tão pouco gosto de jogos tolos e superficiais que faço.
Eu gostaria mesmo era de ser genuíno, espontâneo, eu mesmo, e você tem que me ajudar, segurando a minha mão,
mesmo que quando esta for a última coisa que eu aparentemente necessitar.
Cada vez que você me ajuda, um par de asas nasce no meu coração.
Asas pequenas e frágeis, mas asas.
Com sua sensibilidade, afeto e compreensão, eu me torno capaz.
Você me transmite vida. Não vai ser fácil para você.
A idéia de que eu não valho nada vem de muito tempo e criou muros fortes.
Mas o amor é mais forte que os muros, e aí está a minha esperança.
Por favor ajude-me a destruir esses muros, com mãos fortes, mas gentis,
pois uma criança é muito sensível e eu sou uma criança.
E agora você poderia se perguntr quem sou eu? Eu sou uma pessoa que você conhece muito bem. Porque eu sou todo homem,toda mulher, toda criança… todo o ser humano que você encontra!”
* * *
** A idade de Charles C. Finn é um mistério entre seus fãs. A família, embora possua um site muito carinhoso onde se encontra o poema original e outros textos do mesmo autor, não revela em momento nenhum a idade do autor. Como sabemos que Finn publicou seu texto em 1966 no início de sua carreira como professor, podemos calcular que ele tinha seus vinte e poucos anos.
http://www.poetrybycharlescfinn.com/pleasehear.html
http://www.jwjonline.net/poems/poem/mask/
http://www.reflexos-da-alma.com/mascaras.html
http://thinkexist.com/quotes/charles_c._finn/
http://www.bookfinder.com/author/charles-c-finn/
*** Por favor, prestigie o autor do poema visitando seu site: www.poetrybycharlescfinn.com/ Please, let´s prestige Poet Charles C. Finn. Visit his webpage (adress above) ***
Minha aparência é tranqüila, mas é apenas uma aparência, é uma máscara superficial, mas é a que sempre varia e esconde.
Por baixo não há tranqüilidade, complacência ou calma.
Por baixo, está meu mal em confusão, medo e abandono.
Mas eu oculto tudo isso, pois eu não quero que ninguém veja.
Fico em pânico ante a possibilidade de que minha fraqueza fique exposta,
e é por isso que eu crio máscaras atrás das quais eu me escondo com a fachada de quem não se deixa tocar,
para me ocultar do olhar que sabe.
Mas esse olhar é justamente minha salvação. Eu eu sei disto.
É a única coisa que pode me libertar de mim mesmo, dos muros da prisão que eu mesmo levantei,
das barreiras que eu mesmo tão dolorosamente construo.
RECEITA DE ANO NOVO
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987)
Vocês sabem, em geral, não gosto – estou farto de certa forma – de textos de auto-ajuda com conteúdos diretivos: “faça isso”, “seja feliz”, “durma mais”, “sinta prazer”… Acho tudo isso um saco, falso, e obviamente, condicionante. Mas há um textinho diretivo que não deixa de ser interessante – talvez mais por sua história que pelo conteúdo. Escrito por Edson Marques, ele circulou e circula por aí como se fosse de Clarice Lispector. Uma grande agência de publicidade não chegou a autoria e usou numa campanha para a FIAT. O FILHO da Lispector deu uma de “João-sem-braço” e recebeu uma bolada de DIREITOS AUTORAIS(!!!), o comercial foi rodado, e… E aí que o VERDADEIRO AUTOR Edson Marques comprou uma briga que dura mais de dez anos na justiça para reverter toda essa mistura de confusão, malandragem e falta de apreço pela autenticidade das coisas. Segue aí o texto MUDE (talvez bastante apropriado nesta época do ano, onde muita gente se propõe a aproveitar o fim do calendário para fazer disso o fim de padrões, comportamentos etc.), com links para o caso. (Arnaldo)
Mude, mas comece devagar.
Porque a direção é mais importante, que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente, observando, com atenção, os lugares por onde você passa.
Tome outro ônibus. Mude por uns tempos o estilo de roupas.
Dê os seus sapatos velhos, procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia ou no parque
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama. Depois, procure dormir em outras camas.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura. Coma um pouco menos. Escolha comidas diferentes.
Novos temperos, novas cores, novas delícias.
Almoce em outros locais, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado…Outra marca de sabonete, outro creme dental…
Tome banhos em novos horários.
Use canetas de outras cores, vá passear em outros lugares,
ame muito, cada vez mais.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as, seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisa novas, troque novamente,
Mude, de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores
do que as já conhecidas, mas não é isso que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda.
(Edson Marques)
* * *
Comentários (Arnaldo V. Carvalho)
COMENTÁRIO 1 – MAIS UM APÓCRIFO. Mais uma vez um texto atribuído à Clarice Lispector em quase tudo que é lugar na Internet; Lispector, que nunca publicou poemas… Pobre Clarice, sempre enfiada onde não tem a menor chance de estar. Sacanagem com o Edson Marques e em relação aos diversos casos semelhantes, com todos os autores contemporâneos, que permanecem no anonimato apesar de provarem haver capacidade para textos lindos e que nos tocam o coração.
COMENTÁRIO 2 – POBREZA HUMANA, INOCÊNCIA, “FODA-SE” OU O QUÊ?: Me entristece perceber que as pessoas não conseguem identificar a não autoria de certos autores. Autores consagrados como Fernando Pessoa, J. Luis Borges e Clarice Lispector têm seus nomes emplacados em textos que JAMAIS poderiam pertencer a eles. Fico pensando que quem deixa passar batido esse fato deve ter o seguinte raciocínio em seu cérebro: “já ouvi falar do autor” > “ele é famoso” > “ele é bom” > “o texto é bom”. De fato desconhecem a maioria dos autores, menos ainda seu contexto de época, a linguagem geral utilizada naquele momento e lugar – para não ir tão longe a ponto da pessoa identificar as nuances que caracterizam os textos de dado autor… Não dá para dizer “o brasileiro é ignorante”. Isso ocorre em todos os países do mundo (embora eu consiga notar mais especialmente nas Américas – mas isso, penso, dever ser porque é o que nos chega). Posso pensar que o mundo lê mal, mesmo que leia muito (é só ver o caso do texto “Instantes” atribuído ao J. L. Borges – afinal argentino não tem fama de ler muito?). Se lê mal, mal percebe. Percebe mal seu entorno, seu ambiente, o OUTRO. Reich tem razão, a couraça do segmento OCULAR é o primeiro desafio a ser vencido na humanidade.
LINKS sobre apócrifos diversos e sobre o Escândalo do texto MUDE:
http://www.desafiat.blogspot.com/
http://veja.abril.com.br/090703/p_103.html
http://br.dir.groups.yahoo.com/group/masonline/message/5554?var=1