Alexandre Moschella
violão e narração
Não perca esta viagem musical pelo grande sertão em Garanhuns!
Grande Sertão: Variações
Uma viagem musical pela obra de Guimarães Rosa.
Com o premiado violonista clássico Alexandre Moschella.
No Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti – Teatro Luiz Souto Dourado – Antiga Estação Ferroviária – Centro
Sábado, 14 de maio, 19h
Domingo, 15 de maio, 15h
ENTRADA FRANCA
Qual música está dentro do grande sertão?
Qual é o grande sertão que está dentro da música?
O espetáculo grande sertão: variações é uma viagem por palavras e sons. As palavras vêm do romance ‘Grande Sertão: Veredas’, do escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967). No livro, o ex-jagunço Riobaldo conta suas aventuras guerreiras e espirituais, em uma linguagem profunda e criativa. A obra é um universo infinito de atmosferas e sensações. Às vezes, as palavras são tão bem escolhidas e organizadas pelo escritor que sugerem música.
No espetáculo, o jornalista e músico Alexandre Moschella alterna a leitura de trechos do livro com a apresentação de peças clássicas para violão escritas por compositores contemporâneos de Guimarães Rosa.
Muitos elementos aproximam texto e música. Pode ser uma indicação direta: o Prelúdio número 1 de Villa-Lobos leva o subtítulo de “Homenagem ao sertanejo”, personagem central da obra rosiana. Pode ser um parentesco sonoro: as sílabas “ser-tão” encaixam-se perfeitamente nas duas primeiras notas do Prelúdio número 1. Ou ainda a sugestão cênica, como o ritmo endiabrado de Elogio de la Danza, de Leo Brouwer, acompanhando uma das imagens mais fortes da obra de Guimarães Rosa: “O diabo na rua, no meio do redemunho.” A melhor associação, no entanto, é aquela que não se explica pela técnica ou pelo intelecto, mas se revela sem avisar no universo sonoro, tal uma magia rosiana – na entrelinha do texto ou no silêncio entre as notas.
O que você escuta entre as palavras? E nas pausas da música? Pode ser o mistério do grande sertão e suas veredas. Riobaldo, o herói do livro, diz: “O sertão está em toda a parte”.
Também podemos dizer: “O som está em toda a parte”.
PROGRAMA
Heitor Villa-Lobos (Brasil, 1887-1959)
Valsa-Choro
Convite à viagem pelo sertão. Convite ao sonho.
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Heitor Villa-Lobos
5 Prelúdios
Prelúdio n. 1 – “O sertão está em toda a parte.”
Prelúdio n. 2 – O singelo encontro com uma prostituta… que tem todos os dentes.
Prelúdio n. 3 – “Saudades, dessas que respondem ao vento; saudade dos Gerais.”
Prelúdio n. 4 – Cruzando a terra árida.
Prelúdio n. 5 – O amor, o medo, a coragem. Estamos perto do que é nosso, mas não sabemos.
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Marlos Nobre (1939)
Momentos I
Rastejando no mato, preparando a emboscada.
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César Guerra-Peixe (1914-1993)
Prelúdio n. 4
Prelúdio n. 5
“O diabo não há! (…) Existe é homem humano. Travessia.”
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Leo Brouwer (Cuba, 1939)
La Espiral Eterna
“Tudo o que já foi, é o começo do que vai vir.”
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Leo Brouwer
Elogio de la Danza
“O diabo na rua, no meio do redemunho…”